sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Vida Roubada - Capítulo 4

           Gabriela recebeu de forma eufórica notícias vindas da Rússia. Então Beatriz havia se curvado às suas vontades e já estava trabalhando. Ela não costumava verificar de forma tão próxima o andamento dos negócios, apenas gerenciava o esquema à distância. Nos EUA tinha uma reputação, emprego honesto e reconhecido, além de todo o conforto proporcionado pelo dinheiro vindo do esquema de tráfico e prostituição.
            Sempre se precaveu. Raríssimas pessoas envolvidas já a tinham visto. Menos ainda conheciam seu nome. Estava numa redoma muito conveniente. Lucrava sem precisar se expor. Arriscava-se apenas quando precisava ou desejava muito algo. E esse era o caso.

            - Ela atendeu alguns clientes nos últimos dias. Yerik foi o primeiro. Não fez grandes elogios, mas pagou bem. Ela é gostosinha. Vou conseguir bom resultados com ela. – Gregory disse.
            - Quantas vezes terei de te dizer que isso não me importa? Não a quero rendendo, mas sim sofrendo. Muito.
            - Pode até ser, mas isso não significa que eu não posso conseguir as duas coisas. Ela está agradando. É outro perfil. Não posso impedi-los. Nossa meta é sempre agradar ao cliente.
            - Pode até ser. Mas não a quero atendendo CIOs brasileiros nem americanos, ninguém com quem possa conversar. E nenhum desse ‘estilo bonzinho’, que vá mimá-la e tratá-la com plumas.
            - O que sugere?
            - Manda ela pra um daqueles velhos caquéticos, que nem com horas chupando fica duro. Um operário de mãos ásperas e hálito fedorento. Algo assim, bem desagradável.
            - Esse não é bem o meu perfil de cliente, Gabriela! Por favor, você sabe! – Gregory estava assustado com o baixo nível de profissionalismo que a líder demonstrava quando a novata era o assunto.
            - E um sádico, temos? Se tiver, ofereça. Um que desmonte ela em pancada e a faça entender que não é nada.
            - Talvez...vou conferir se há alguém com essas características. Mas vou cobrar bem.
            - Se ele quiser pagar, ok. Não ligo. – Ela tinha mais ideias e já continuava com seus planos. – Você curte ela? Parece interessado...
            - Não! – Ele negou rapidamente.
            - Ora...não seria a primeira. Preciso lembrá-lo da fila de homens interessados em Samantha? Eu permiti que você a comprasse e a integrasse aos nossos planos. Agora...acho que pode usar essa sua simpatia por vagabundas e me agradecer a compreensão que tive com sua paixonite.
            - E qual seria o meio para o agradecimento.
            - Algo que você adorará fazer. Eu garanto! Comece pensando num meio de despachar sua mulher amanhã à tarde. Você não irá desejar que ela saiba.

            A maior parte dos programas ocorriam durante a madrugada. Durante o dia as mulheres dormiam e limpavam a boate e os quartos. A rotina de trabalho braçal agradava algumas e desagradava a outras. Beatriz jamais se considerou boa dona de casa, mas descobriu que preferia varrer e limpar o chão a se deitar com homens que não conhecia nem desejava. Há uma semana naquele lugar, ela concluía gostar bem mais das suas tardes. Daquela, porém, não gostaria.
            Naomi quase assustou-a quando se aproximou discretamente. A bela oriental que quase não falava era uma mulher muito discreta. Tinha um ar quase triste, uma magoa nos olhos. Ninguém ali era plenamente feliz, mas a infelicidade de Naomi era mais fácil de ver. Por isso, quando ela veio lhe falar no meio do salão da boate Bia estanhou.



            - É para você subir. – Ela veio lhe trazer um recado. – Ordens do Gregory.
            - Subir pra onde? Os quartos já estão limpos.
            - Provavelmente ele quer sujar um deles com você, queridinha. Não percebeu?

            O tom de Naomi não a agradou. Não eram amigas, nem mesmo conhecidas. Ela não era do tipo que se permitia fazer amizades. E o lugar não ajudava a nutrir amizades. Mesmo assim, havia algo errado naquele recado. Não era como se ela estivesse debochando ou se divertindo. Ela parecia simplesmente não entender como ‘a novata’ não reconhecia qual era a razão do chamado de Gregory.

            - Sobe até o último quarto. O Gregory vai te dizer bem claramente o que ele quer. – Naomi disse. – Vá tranquila. Nada que você já não tenha feito durante essa semana. Ou quase. Tudo ficará bem. Só não se esqueça de manter segredo disso para Samantha.

            Sem entender claramente, mas já desconfiando, Beatriz saiu do salão e foi até o quarto. O último, melhor decorado, mais confortável e mais caro da boate. Ali era feito, normalmente, apenas um programa por noite. Só homens riquíssimos costumavam ir ali e, nesses casos, pagavam para ter o quarto só para si pela madrugada toda. O quarto, mulheres e muita bebida.
            Beatriz ficou olhando para a porta do quarto sabendo que Gregory estava lá e isso só podia representar uma coisa. A ânsia de vômito cresceu só de imaginar-se realizando o desejo dele. Era muito pior do que satisfazer um cliente por noite. Naquela semana, fez sexo com um homem por noite, alguns eram mais delicados e outros brutos, um deles era muito jovem enquanto os demais estavam na faixa dos 30 anos. Não teve prazer com nenhum deles, mas, a cada noite, suportou melhor, fingiu melhor e aprendeu a ignorar a humilhação. Agora eles eram quase como um inconveniente ao qual precisava se sujeitar para vencer um briga maior, no caso, conseguir sua liberdade de volta. Mas Gregory não. Porque Gregory não era apenas um cliente. Ele é o sequestrador e o carcereiro daquela prisão de escravas. Beatriz não conseguia ignorar quem odiava.

            - Vai ficar parada aí ou vai entrar? – Gregory abriu a porta sem imaginar que ela ali estava.
            - O que você quer?
            - Entra agora!
            - Eu preciso ajudar na limpeza do salão...não posso...
            - Não pode é me desobedecer. Entre agora nesse quarto. – Gregory estava particularmente irritado e desagradável.


            Sem alternativa, Beatriz entrou no quarto e ouviu Gregory fechar a porta às suas costas. Não fazia sentido perguntar o que ele desejava, estava explícito. Só a razão era nebulosa. Ele não a quis logo que chegou, nunca deu sinal que poderia tocá-la de verdade. Apenas assustou-a. Agora era real. Além disso, havia Samantha. Durante aquela semana conversou com algumas garotas e todas lhe disseram que ele era enlouquecidamente apaixonado por ela. Tanto que a tirou da prostituição e integrou à quadrilha para que não fizesse mais programas com nenhum homem. E ela é muito ciumenta.

            - Sabe, Beatriz, você está há uma semana conosco. Acho que...está na hora de uma avaliação. Um feedback, por assim dizer. Alguns dos homens que você atendeu vieram falar comigo.
            - Se não sirvo para a função, devolva-me para o Brasil. – Ela foi ousada o bastante para sugerir.
            - Péssima ideia, Beatriz. Nenhuma garota volta para o seu país. Não com vida.

            Era mentira. Ao menos uma tinha conseguido voltar. Patrícia livrou-se deles e conseguiu construir uma nova vida no Brasil ao lado de Matt. E sua vitória começou ao ser comprada por um homem. Como sua exclusiva certamente teve melhores chances de escapar. No caso de Paty, só deixou a Rússia para servir de mula transportando drogas, mesmo assim era algo importante.

            - Além disso, você serve exatamente para a função. Os homens ficaram até bem satisfeitos. O que me surpreendeu.
            - Devo fingir felicidade?
            - Sim, deve. Isso é o que sempre deve transparecer quando estiver com um cliente.
            - E você é um cliente? Samantha sabe disso?

            As provocações de Beatriz não costumavam irritar Gregory. Lhe soavam divertidas, um deboche sem valor ou importância o bastante para deixá-lo irritado. Isso mudou quando o nome Samantha entrou na conversa. A mão dele ergueu-se quase que instantaneamente e encontrou a face esquerda de Beatriz. O impacto a atirou por sobre a cama acompanhado de um único grito seco.

            - Não fale o nome de Samantha. Você não tem nenhum valor perto dela. – Ele ficou ainda mais sério. – E se quiser manter-se viva, tudo o que ocorrer nesse quarto será um segredo nosso. Samantha não gosta que eu toque outras garotas. Caso fique sabendo não será bom para você. Entendeu?
            - Sim. – Bia respondeu simplesmente, com a face ardendo.
            - Ótimo. – Ela novamente pode ver aquele sorriso em seu rosto. Sorriso de quem sente prazer com a dor do outro. – Tire a roupa. Quero testar a mercadoria que meus clientes usam e entender o que você tem de especial.

            Beatriz fez o que lhe foi ordenado. Rapidamente, como quem engole um remédio amargo e disfarça o desgosto. A face quente lembrava-a que discutir com Gregory era uma ideia ruim. Ficou com a sensação que ele não desejava sexo, apenas humilhá-la. Vê-la se render.
            Gregory já tinha observado a beleza de Beatriz. Ela não tinha o corpo de uma menina, era uma mulher farta nas coxas e quadris. Mesmo assim, surpreendeu-se ao veja despir-se sem choramingos expondo-se à sua análise e percebeu o que agradou os homens. A postura firme, o olhar objetivo e a sensualidade natural de Beatriz atraíam. Naquele momento ele percebeu que aquele encontro escondido, do qual Samantha jamais poderia saber, poderia ser muito mais do que uma humilhação para Beatriz. Gabriela lhe pedira o sofrimento de Beatriz e teria o desejo atendido. Isso não significava que ele desgostasse de tocá-la. E, quem sabe, seus toques conseguissem tirar Beatriz daquela geleira emocional na qual ela parecia ter se escondido.

           


            Beatriz sentiu as mãos de Gregory terminarem de despir seu corpo, tentou ignorar seu cheiro e a aspereza de suas mãos. Conseguiu. Fechou os olhos e se imaginou no salão da boate, com qualquer um sobre o seu corpo. Não conseguiu seguir assim quando ele passou a morder a parte interna de suas pernas. Desde a parte de trás de seus joelhos até as coxas. Beatriz sentiu as presas dele se cravarem em sua pele e gritou, afastando-o por instinto.

            - Para! Primeira lição para você, Beatriz. Potranca que dificulta a doma desperta ainda mais interesse no domador. – Ele disse segurando-a pela cintura e subindo com aquela tortura em direção ao colo de Beatriz.

            Ele continuou a tocá-la, ela a ignorá-lo. Conforme a temperatura de Beatriz ia ficando cada vez mais gélida, o desejo de Gregory efervescia.  Ela desligou a mente do corpo e deixou-o fazer tudo o que desejava. Não percebeu quanto tempo ficaram ali. Pareceu uma eternidade, mas pode ter sido rápido, apenas para ela o tempo não passou. Logo Beatriz sentia o corpo doendo. Da pele, irritada com os toques dele até o maxilar, rígido devida a ela apertar os dentes segurando os gritas. Não desejava que ele confirmasse tê-la destruído emocionalmente. Algo lhe dizia que esse era o objetivo, não o prazer, nem o desejo. Então Gregory não a veria desabar.        Quando finalmente deu-se por satisfeito, Gregory não dormiu como os outros, ele encarava-a com a expressão fechada. Agora a raiva estava clara em seus olhos. E esse foi o único momento de satisfação de Beatriz naquela semana. Ele esperava seus gritos e suas lágrimas. Queria vê-la implorar para não tocá-la. E não teve nada disso. A vitória era pequena, mas Beatriz saboreou seu sabor. Gregory ergueu-se da cama, vestiu-se e foi em direção à porta.

            - Você é mais forte do que pensei. – Ele ainda a observava. – Tem 10 minutos para arrumar o quarto, se vestir e voltar para o alojamento. Tem de se arrumar para a noite de trabalho. E, lembre-se que nada ocorreu aqui. Nada.

            Tudo o que Beatriz fazia era pensando em um dia reencontrar a filha. Seus pensamentos estavam sempre nela, tentando imaginar como estava e com quem. Confiava que sua irmã e amigos zelariam pela menina. O desejo de Eva ficar com Elizabeth, Matheus e Patrícia foi realizado apenas nos primeiros dias. Assim que a polícia civil descartou a possibilidade de Rafael estar envolvido na morte de Willian e sequestro de Bia, ele deixou a carceragem e entrou com pedido de guarda. A decisão preliminar foi em favor dele. Matt ainda iria tentar recursos, mas a verdade é que sem a mãe por perto o juiz teria a tendência de deixar Eva com o pai e não com a tia ou os padrinhos.



            - Arrogante e imbecil! Isso é o que ele é! – Matt voltou do fórum irritado e foi direto conversar com Elizabeth. – Eu o procurei para conversar, em missão de paz! E ele teve a ousadia de dizer que eu deveria fazer um filho ao invés de tentar tomar a dele.
            - Rafael nunca teve maturidade para assuntos familiares, Matt. Você sabe. Ele guarda todo o seu bom senso para o trabalho. O que você fará?
            - Você entende tanto das leis quanto eu, Liza. O juiz não tirará a guarda do pai para entregar à tia ou o padrinho. Ainda mais quando nenhum de nós tem uma família estável no momento. Podemos lutar pelo direito de visitas, de participar da vida de Eva. Mas é só isso.
            - Sim. Eu entendo. E isso durará enquanto Rafael quiser brincar de pai. Logo ele não aguentará o desafio e Eva terá mais uma vez que se adaptar a uma nova casa. Pobre criança.
            - Mas aí os pais dele assumirão a responsabilidade. E nós seguiremos distantes de Eva. Eu não aceito, Liza. Não aceito como padrinho. E não aceito como advogado. É uma lei burra que não avalia quem realmente tem laços com a criança. Rafael teve a petulância de dizer que não tem certeza que Bia foi sequestrada, já que não pediram regate. Ele sugeriu que Bia tenha matado Will e fugido!
            - É um imbecil e mau caráter! – Elizabeth também se revoltou. – Mas isso tudo irá acabar quando trouxermos Bia de volta e ela tomar Eva de Rafael novamente. É nisso que temos de nos concentrar, Matt.
            - Você descobriu algo? Conseguiu alguma pista? – Seu amigo, quase irmão, quis saber.

            Naquela semana de investigação a polícia civil chegou a conclusão que Elizabeth esperava. A ligação recebida por ela minutos após a morte de Willian era prova de que se tratava de um crime premeditado, não assalto, como quiseram crer inicialmente. Isso, porém, não os fez mudar de ideia quanto ao final daquela história.

            - Nós confirmamos o que você disse, Elizabeth. – Lhe disse o delegado naquela manhã. – A quadrilha lhe telefonou. O que indica que se trata de um crime motivado pela vingança e, também, como queima de arquivo. Eles seguram a sua investigação, a amedrontam e impedem que Beatriz prossiga com suas reportagens investigativas. Pela análise que fiz, ela aprofundou-se muito no tema. Há indícios claros que eles desejavam impedi-la de seguir nesse caminho.
            - Fico feliz de termos chegado a mesma conclusão. Agora podemos voltar as investigações para o coração dessa quadrilha, à Rússia. Peço que envio o caso para a Polícia Federal. Trata-se de um crime da nossa alçada.
            - Não é bem assim, Elizabeth.
            - Como não, Daniel !?!? – Até a habitual formalidade ela deixou de lado. Aquele policial já tinha ultrapassado todos os limites ao levar uma semana para concluir algo que Elizabeth sabia desde o início.
            - A frase ao telefone segundo o seu depoimento foi ‘Ela foi levada por sua culpa. Você nunca mais a verá’. Isso em nada garante que Beatriz está viva, seja na Rússia ou em qualquer outro lugar. E nós não encontramos nenhuma pista que indique uma fuga da quadrilha levando sua irmã para a Europa.
            - Se fossem matá-la teriam deixado o corpo junto do de Willian. – Liza insistiu.



            - Nada garante isso. São criminosos sexuais, Elizabeth. Podem, numa vingança cruel e que, de forma muito compreensível você prefere ignorar, terem torturado Beatriz e deixado o corpo em qualquer lugar. Talvez jamais encontremos.
            - Então você acredita que eles levaram Beatriz, estupraram em algum matagal qualquer, mataram e enterraram sem ter deixado nenhum rastro. É isso? E eu devo esquecer o assunto assim?!?!? Vocês nem mesmo investigarão?
            - Eu não disse isso. – O delegado Daniel respondeu. – Vamos seguir investigando. Aliás, já revisei os arquivos do computador de Beatriz no jornal. Mas gostaria de verificar o pessoal. Talvez tenha alguma pista.
            - Não há nada. Eu já olhei. Mas o enviarei para você. – Liz mentiu. Ele não queria fazer nada mesmo. Melhor que ela procurasse a irmã, mesmo que sem a ajuda da polícia.

            O computador de Bia tinha indicações completas do andamento do caso. Naquela matéria, talvez até pressentindo algo, Bia preferiu trabalhar na máquina pessoal. Havia contatos arquivados e um mapa das áreas onde ela esteve e das pessoas com quem falou. E, o mais interessante, suas conclusões e questionamentos pessoais. Coisas que Bia não usou na matéria porque não conseguiu provar.
            Teve acesso a gravações dos diálogos dela e do cafetão encontrado morto logo após a matéria se publicada e percebeu o quanto ele se comprometeu. O nome Caleb Estevam, incompatível com as características daquele homem. E quando Caleb quase foi morto por uma emboscada organizada por Miguel e preso, Beatriz esteve no mesmo ponto chefiado por ele. Conversou com outro homem. Só pela voz dele que pode ouvir através dos arquivos da irmã, Liz pode jurar que ele era o assassino de Caleb. Aquele homem, o substituto, era mais do que Caleb na quadrilha, porém, pequeno no grupo todo.

            - Magro, cabelos encaracolados que caem sobre o rosto, olhos castanho esverdeados e pele bronzeada pelo sol. – Liz leu a descrição de Beatriz num bloco de anotação. – Um belo homem. Um belo assassino.

            Elizabeth concluiu que aquele homem, que sequer conhecia o nome, mas que certamente tinha informações suas, seria a ligação dela com Bia. O assassino de Caleb podia levá-la até o líder da quadrilha. Ela não tinha um nome, apenas sua descrição. E muita vontade de encontrá-la.
            Para o delegado da Polícia Civil não diria nada daquilo. Mas agora era a hora de contar tudo para Matt. Ele e Patrícia poderiam lhes dar o aporte que a polícia não daria. Não enquanto não conseguisse provas irrefutáveis. Mostrou tudo a Matt, cada detalhe das anotações de Bia e todas as ligações feitas. Sem saber, Bia tinha encontrado respostas que Liz buscava há anos.

            - É impressionante. – Matt disse analisando tudo. – Mesmo em profissões diferentes, você e Bia raciocinam da mesma forma. Qual o próximo passo?
            - Eu vou atrás deles. – A resposta foi simples e direta.

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