domingo, 7 de setembro de 2014

Diaba Ruiva: Passado Revelado - Capítulo 1




ENREDO



Neal Caffrey e Rachel Turner estão longe. Deixaram New York e Peter Burke no passado. Mas o agente da Colarinho Branco não vai aceitar isso fácil.

Quem leu Dupla Perseguição sabe que esse casal explosivo não para de se meter em problemas. Ele um ladrão e falsificador charmoso. Ela uma agente treinada e capaz de matar também conhecida como Diaba Ruiva. Vamos para a segunda temporada?

SÓ LEMBRANDO QUE PLAGIO E CRIME, ENTÃO POR FAVOR FAÇAM IGUAL A NÓS CRIEM SUA PRÓPRIA HISTORIA.
 
Capítulo 1


“O que é a vida, senão uma corrente de erros, acertos e tentativas de mudar erros passados”. (Tiago Gancheiro)


            A divisão de Colarinho Branco estava com problemas. Algo estava errado. Algumas pessoas lhe faziam falta. Peter Burke sentia que New York não era mais a mesma encarava a janela de sua casa tentando desvendar aquele mistério. Há 18 meses ouviu pela última vez a voz de Neal Caffrey lhe dizendo adeus. Aquilo era um erro e ele iria colocar tudo nos eixos novamente.

            Há anos atrás, quando procurou Neal pela primeira vez, descobriu a melhor forma de encontrá-lo. Neal Caffrey não deixava rastros, mudava de identidade e se reinventava. Encontrou-o ao rastrear seus laços sentimentais. À época, esse laço chamava-se Kate. E hoje? Rachel e George eram a família de Neal. Mas Rachel era tão boa quanto o parceiro e jamais deixaria brechas que o levariam até sua família. Mozz era o parceiro habitual e mesmo que o improvável tivesse ocorrido e eles não mais estivessem juntos, não entregaria a localização da família Caffrey. Os outros laços eram...eles e todas as vezes em que fizeram algum contato, esse não lhe levou a nada. Neal enviava cartões de Natal e aniversário. Mozz mandou presentes para as crianças. Porém ambos eram espertos o bastante para não deixar rastros postais. Apenas um dos pacotes foi confirmadamente postado na França. Isso não ajudou muito já que esse era um destino já suposto. A localização exata era uma incógnita. Partiram então aos laços de Rachel.





            - Peter...querido...vamos jantar fora? Eu quero pizza. Com muito queijo. – Ell entrou na sala arrumada para sair e alisando o ventre arredondado. Depois de vários meses tentando, foram brindados com uma gravidez tranquila. – Sua filha também gosta de comida italiana.


            - Eu mal posso esperar para vê-la. – Ele lhe disse acariciando-as. – Mas espero que ela goste de pizza por delivery. A equipe está vindo aqui.


            - A equipe de busca aos Caffrey? Você ainda tem esperança de encontrá-los?


            - Sim, eu tenho. Diana descobriu alguma pista. Ela virá trazendo Teddy. Henrique e Sara também estão a caminho.


            - Ótimo! Sophia gosta muito de Teddy. Brincará com eles enquanto nós trabalhamos nas buscas.


            - Nós?


            - É claro! Também faço parte dessa equipe! – Ela pegou o telefone. – Vou pedir pizza para todos.


            Enquanto isso, na França, os Caffrey mantinham uma vida em clima de férias, mas planejando muitas ações. Sem saber, Neal e Peter viviam situações muito parecidas. Em um continente diferente, Neal também vivia a expectativa pela chegada da filha.







   - O sol já está se pondo, amor. Entra antes que a água da piscina fique gelada. Minha filha gosta de nadar, mas é na água morna. – Neal observava Rachel nadar suavemente usando um biquíni vermelho que só fazia ressalvar as curvas acentuadas pela gravidez de seis meses.


            

            - Eu já vou. A água me faz bem. – Ela deixou a piscina, enrolou-se em um roupão felpudo e beijou-o nos lábios. – Seus filhos são peixinhos. Amam a água.
            - É porque a mãe deles é uma sereia.
            - Bobo! – Ela sorria feliz
           
            Erro após erro cometido por eles tentavam agora recomeçar. E melhorar. A vida ainda lhes era grata o bastante para oferecer a mais completa das felicidades. Há um ano e meio Neal, Rachel, George e Mozz deixaram New York. Não era o ideal. Não foi planejado nem sonhado por eles. Todos sentiam saudade. NY era a cidade onde Neal sonhou viver, seus maiores laços de amizade e família estavam lá. Mas ao matar Josef Harabo e ajudar Rachel a fugir, Neal colocou fim a sua vida nova-iorquina.
E apesar da sensação ruim de ter tirado a vida de alguém, jamais se arrependeu de puxar o gatilho. Era o monstro ou a sua família. Fez o certo ao salvar sua mulher e vingar a morte de sua filha.

- Eu livrei o mundo de um monstro. – Era o que dizia a si mesmo quando ainda pensava no assunto.

Nesse tempo muita coisa mudou. Para a comunidade da praia de Marselha eram Bernard e Helena Ferrieri. Um enólogo e uma historiadora, pais de George, um garotinho apaixonado pelas ondas do mar. E Tommy? Mozzie era Mozzie independente do nome ou disfarce que usasse. Na verdade todos eles eram os mesmos, com algumas adaptações. Se Neal antes desfilava pelas ruas de NY envolvido em casos do FBI, Bernard não usa gravata, corre e nada na praia todas as manhãs e brinca com George enquanto Helena toma sol esticada na areia.



Helena também havia mudado. Tinha voltado a ser a Diaba Ruiva e todas as manhãs ele podia ver seus cabelos avermelhados brilharem sob o sol da França. Poderia ter mantido os fios negos por mais tempo, mas ela optou por voltar ao tom natural quando decidiram que era hora de engravidar novamente. George já estava com quase três anos e a cicatriz emocional pela perda de Liz, assim como a física, suavizou com o passar do tempo. Era hora de recomeçar. Agora, aos seis meses de gravidez, ele a via desabrochar.
Helena ‘herdou’ de Rachel algumas culpas que jamais a abandonariam. Rachel Turner era uma ex agente da MI5 que após decepcionar-se com a agência europeia, voltou-se contra o sistema e tornou-se corrupta. Entrando para o crime, cometeu muitos erros, matou criminosos e homens da lei. Ela dificilmente falava a respeito, mas Neal acreditava que hoje a esposa estava arrependida de muitos de seus crimes.

- De um jamais me arrependerei: o que me levou a New York para enganar o maior ladrão e falsificador que aquela cidade já viu. – Ela dizia para provocá-lo.

Mas o passado não os abandonou em nenhum momento. E as contas deixadas por Rachel cobraram seu alto preço na vida de Liz. Foragidos na França e esperando a chegada de outro bebê eles voltaram a encontrar a felicidade.



Foram meses de uma gravidez diferente das que viveram anteriormente. Rachel sorria ao exibir a própria barrida por toda a cidade. Todo o tempo que passou sem poder sair de casa, escondida enquanto esperava George, e o segredo que Liz representou, agora era motivo para anunciar com orgulho que em três meses eles teriam uma menina. Neal cuidava e a mimava todas as formas possíveis.

- Pronto! Já tomei um banho quente e nós estamos preparadas para jantar. Ninguém passou frio. – Ela saiu para a sacada sorrindo.
- Ótimo. O jantar está pronto. Eu lhe serviria um vinho...se você pudesse beber.
- Eu me contento com chá. – Ela olhou em volta. – Onde está George?
- Tomando banho. Disse que já sabe tomar banho sozinho. Está brincando na banheira.
- Vou espiá-lo...tenho medo de deixá-lo sozinho.



- Oi meu peixinho...como está esse banho? Lavou atrás da orelha?
- Lavei mamãe.
- Quer sair? A água já está fria?
- Ainda não...mais um pouquinho.

Ele era mesmo um peixinho. Se deixassem, passava o dia na água, fosse no mar ou na piscina. Depois, adorava tomar longos banhos. Aos três anos George nadava perfeitamente. Também gostava de assistir filmes infantis, normalmente com a parceria do Tio Mozz, cujo os outros, ele não entendia o por quê, chamavam de Tommy. Neal também já estava ensinando-o alguns jogos de tabuleiro. No tablet ninguém precisou ensiná-lo a mexer. Ele podia dar aula. Era uma criança calma, inteligente e segura do amor dos pais.
Somente quando a água realmente ficou fria, George aceitou deixar a banheira, vestir o pijama, comer e dormir. Tudo devidamente acompanhado pelos pais. O resultado foi Helena e Bernard indo dormir bastante tarde. Não antes dela chapear os cabelos.



            Quando acordou na manhã seguinte, Rachel viu Neal ao seu lado, desperto e ainda deitado, sem camisa, como ele gostava de dormir nas noites quentes da praia.

- Amor...amor...acorda. – Ele dizia suavemente. – Bom dia.
- Bom dia. Que hora é? Você não está com cara de quem acabou de acordar.
- São 9h50min e eu acordei há bastante tempo. Levei George para a casa de Madeleine. Ele e Renan devem estar brincando com seus carrinhos a essa hora.

Madeleine era uma das vizinhas mais próximas deles. Moravam a 15 minutos de distância e os meninos, ambos com dois anos e meio, passavam muitos dias brincando.

- E porque você me deixou dormir tanto? Eu nem vi meu menininho. – Ela prestou a atenção no som de água corrente vindo do banheiro da suíte. – Que barulho é esse?
            - Porque você gemeu muito durante a noite. Então eu coloquei a banheira para encher e você vai relaxar um pouco.
            - É natural que, tendo um marido gostoso como o meu, eu gema bastante todas as noites, meu amor. – Ela respondeu provocando-o, mas sabendo que ele não se daria por vencido. – Eu estou bem.
            - Eu desconfiei de que você estava com dores ontem e quando perguntei me disse exatamente isso: eu estou bem. Mas não foi de prazer que você gemeu nessa noite, mesmo eu sendo um marido muito gostoso. – Ele a beijou rindo e aceitando o elogio. – Eu sei que as costelas trincadas te incomodam. Porque não me contou?
            - Amor, eu vou conviver com essas costelas a vida toda. - Os ossos machucados era sequela do ataque sofrido pelas mãos de Josef Harabo. Pouco se comparado com a morte de Liz. - Se eu começar a choramingar por elas todos os dias agora, você não vai me aguentar quando formos velhinhos. É sério! O dia em que você me ouvir fazer queixas por qualquer dorzinha, pode desconfiar, não sou eu.

            Rindo da piada e satisfeito por ela ter acordado de bom humor, apesar da noite de sono ruim, Neal afastou o lençol com que se cobriam e acariciou-lhe o ventre. Ela estava realmente bem e sua filha a cada dia mais forte. Ali na praia ela não corria risco algum.

            - E o peso dessa garotinha não tem nada a ver com essas dores?
            - Talvez tenha. – Ele a encarava e ela teve de reconhecer. – Está bem! Tem sim a ver. Mas eu quero que ela cresça mesmo. Fique forte e nasça bem. Eu aguento a dor.

            Ela sempre fora assim, ignorava a dor como se ela não passasse de algo psicológico, como se ela pudesse suportar tudo o que assim desejasse. Rachel era capaz de praticar atos questionáveis, porém também era forte e leal de uma forma tão esplêndida que despertava o amor e confiança dos outros.  

            Depois do banho e de algumas massagens eles terminaram, como sempre, fazendo amor. Não na banheira porque não era muito confortável. A cama macia era uma pedida mais agradável

            - Droga! Eu molhei meu cabelo! Vou ter de chapear novamente!
            - Nada disso! Está lindo assim...só as pontas onduladas. Se for chapear vamos nos atrasar para a consulta médica e eu estou ansioso para ver nossa menina.
            - Está bem...vou vestir um macacão então. Vá se trocar também.

 

            A médica que os esperava era jovem, mas muito dedicada e aceitou tratar ‘Helena’ sem receber de um hospital o histórico da paciente. Tratava-se de um caso muito especial, afinal haviam procurado-a antes de engravidar, buscando fazer exames que garantissem a segurança no caso de uma possível gestação. A jovem doutora chamada Beatrice sabia que havia algo de errado na história de Helena e Bernard, mas, com um incentivo financeiro, vinha ajudando-os sem alertar as autoridades.

            - Não há nenhuma ressalva quanto a você ter outro filho, Helena. Mas vamos acompanhar. Serão necessárias três coisas: manter o peso e praticar atividades físicas para não forçar demais suas costelas e, na hora do parto, avaliar se você tem condições de dar a luz naturalmente sem o útero se romper ou é mais seguro um nascimento por cesariana. – Disse Beatrice à época.

            Os primeiros meses foram muito tranquilos. E as dores nas costas vinham sendo minimizadas com exercícios na piscina e pilates. Há um mês souberam com 100% de certeza de que se tratava de uma menina. Estavam curtindo a chegada da filha.

            - Boa tarde. – Beatrice os recepcionou. – Vejo que essa barriguinha cresceu. Faltam apenas três meses. Ansiosos?
            - Bastante. – Ambos responderam juntos.
            - Ótimo! Vamos vê-la então. Tire a roupa e deite na maca, Helena. – A médica conversou amenidades até que começou o exame e as imagens nubladas surgiram no monitor. - Essa garotinha já tem nome?
            - Sim...Helen. – Neal respondeu.
            - Pequena Helena? Que meiga a escolha.
            - Sim, mas não apenas por isso. – Rachel respondeu. – É uma homenagem à mulher que ajudou a criar meu marido.
            - Linda homenagem...vejam...agora temos uma imagem mais clara da Helen. Está com peso e medidas certas. Crescendo como deve.



            Ao voltarem para casa, buscaram George na casa do amiguinho e seguiram juntos, caminhando calmamente. Cansado pela manhã de brincadeiras, foi apenas almoçar para o menino dormir. Rachel o acompanhou enquanto Mozz e Neal ficaram na sala.

            - Enquanto a grávida repousa, nós fazemos os planos! – Mozz estava pesquisando o paradeiro do diamante que Rachel procurou por anos. Mas havia parado no mesmo ponto que ela: New York.



            - Vamos com calma Mozz. Até Helen nascer, nós não vamos dar nenhum passo.
            - É claro que até a ‘baby-Helena’ nascer nós não fazemos nada...mas eu nunca parei minha busca. E não tenho mais nenhum fio a puxar daqui. Rachel estava certa o tempo todo. A última pista clara nos leva a NY.
            - Não me surpreende...ela conhece essas pesquisas como ninguém. Só que voltar para New York está fora dos planos, Mozz.
            - Vocês não. Mas eu posso ir, voltar...e talvez até fazer uma visitinha para Ell e Sophia no horário de trabalho do engravatado.
            - Cuidado Mozz...Peter não é idiota. Qualquer pista que você deixar, ele vai rastrear.
            - Não fiz nada que ele possa rastrear. Fique tranquilo.

            Em New York Peter começava a descobrir que havia sim de onde rastrear Neal. Na noite anterior, a reunião na casa dos Burke gerou uma pista confiável. Diana apresentou os registros de depósitos feitos por Henry, fiel amigo de infância de rachel, para contas na França.

            - São centenas de depósitos feitos por ele ou em nome de sua empresa.
            - Mas a empresa dele tem negócios lá. É claro que haverá transações financeiras. Isso não comprova nada. – Peter argumentou. – E como você conseguiu essas informações?
            - Não foi legalmente, chefe.
            - Nós não precisamos de provas. Só de uma pista quente. – Henrique afirmou e olhou para Sara. – Você pode apurar quais desses depósitos são para empresas conhecidas e os que sobrarem são a nossa pista.



Quando Sara entrou no FBI na meio daquela tarde, Peter soube que ela trazia notícias importantes.

- Não faz nem 24hs, Sara. Você foi rápida.
- Não temos tempo a perder, Peter. E o mais difícil Diana já fez. Eu apenas pesquisei os donos dessas contas.
- E quais as respostas?
- Quase todas são empresas fornecedoras deles ou pagamentos de funcionários. Eles não têm muito a temer. São uma empresa honesta e com tudo regular.
- Então foi uma pista em vão?
- Não, não mesmo. Porque uma conta recebe depósitos regulares que variam de oito a 5 a 15 mil dólares mensais. Na maior parte das vezes a transferência ocorreu da conta coorporativa, mas por três vezes o valor saiu da conta particular de Henry Roussel.
- Ótimo...pode ser eles. A conta está no nome de quem? – Peter começava a sentir a aproximação. Algo lhe dizia que estavam na pista certa.
- Ana Assunção...mas nós sabemos que para Neal e Rachel conseguir abrir contas com documentos falsos é fácil.
- É claro! E qual a localização da agência que ela utiliza para sacar esse dinheiro?
- Ainda bem que está sentado Agente Burk! – Ela sabia que Peter iria se exibir por sempre estar na pista correta. Desde o início ele desconfiou de uma praia na França. – Ana Assunção realiza os saques numa pequena agência localizada na Praia de Marselha, ao sul da França.
- Eu sabia! – Respondeu ele já pegando o telefone. – A Ell sempre quis tirar férias na França!

 

Um comentário:

  1. Nooooossaaaaa acheeeeiiii o blog graças ao céééus,estava em urticária pra saber da história e na Nyan sumiiiiu estou louca tentando lembrar kct o nome do blog nossa senhora das fanfics já esta no 14 caps vou leer igual doida kkkk meu deus ta bom vamo que vamo

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