domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dupla Perseguição - Capítulo 16







Naquela noite Rachel voltou a sonhar. Dessa vez não foi um sonho sensual, foi de saudade. E Neal estava no sonho. Lembrou dos dois em sua cama. Naquela noite em que ela não deveria ter ficado. Os dois estavam num jogo em que um mentia para o outro. Era como um xadrez. Ela aguardava a jogada dele e manipulava suas peças. Neal achava que ela o estava ajudando e, ao fundo, ele a fazia se aproximar de seu tão sonhado diamante.

            Naquela noite já estava mexida por ele. Neal a fez tremer desde o primeiro encontro. Mas...naquela noite ele abriu o jogo. Ele falou que era um consultor do FBI, mostrou suas cartas...e a fez perder o chão. Neal não a estava somente usando. Ele sentia algo de verdade por ela. E verdade é artigo raro em sua vida. Ela ficou. E Eles transaram alucinantemente.





            Tiraram a roupas encostados à porta mesmo. Gastar energia chegando a cama pra quê? Quando se está apaixonado, você só quer usar as mãos no corpo da pessoa amada. E eles estavam apaixonados. Podia ser tudo uma armação. Inúmeras mentiras os cercavam. Eram criminosos. Mas estavam apaixonados. E não importa se era Rebecca ou Rachel naquela noite...o que aconteceu lá foi real.







            Quando acordaram brincaram, riram e conversavam durante muito tempo. Ele lhe falou de ostras. Conhecia todos os restaurantes que vendiam ostras no raio de 3km que sua tornozeleira permitia. Ostras...comida exótica, com gosto de mar. Combinava com Neal Caffrey. Esse sabor agora vinha perturbar seus sonhos.

            Durante a madrugada Rachel acordou confusa. O sonho com ele falando de ostras a deixou com água na boca. Sem conseguir dormir, levantou para ir ao banheiro. A vontade de fazer xixi era cada vez mais frequente. E com a barriga grande era difícil levantar da cama e, depois, encontrar uma nova posição confortável para dormir. Olhou para o lado e viu Henry. Ele estava ali, encolhido numa pequena parte da cama, lhe deixando todo o resto. Levantou e saiu correndo para o banheiro.

            Mas quem disse que conseguiria dormir mais? Tentou. Mas não pôde. O desejo era mais forte que tudo. Impossível resistir. E Henry estava ali. Podia pedir para ele. Certamente seu amigo não ira se negar.


            - Henry! Acorda. – Chamou uma vez.


Ele nem se mexeu na cama. Ela gritou mais alto.


            - Henry! Acordaaaaa!


Nenhum suspiro.


Ela tomou fôlego e gritou com toda a força. 


            - HENRY ACORDAAAAA AGORAAAAAA!



            Com esse grito ela conquistou o objetivo. Acordou Henry. E também conseguiu acordar Nicolle no quarto ao lado e Neal, em NY. Os três pularam da cama sem entender porque ela gritava no meio da madrugada. 


            - O que é Rachel?! Tá passando mal? Eu te levo para um hospital e... – Hanry disse ainda tentando clarear as ideias.

            - Não. Eu estou ótima.


            Neal respirou mais aliviado. Também tinha acordado pensando que ela sentira alguma dor.


            - Então por que me acordou assim? Brincadeira mais sem graça, Rachel!

            - Não é brincadeira. Eu...preciso que você vá pegar uma coisa pra mim.

            - Eu? Pegar uma coisa? Claro... – Henry respondeu um tanto confuso.


Neal não estava entendendo nada também.


            - É. Eu estou com desejo e, na falta de mais alguém, é você que vai realizar.

          - A taaa. Você quer que faça um lanche pra você? Claro...eu vou na cozinha e faço. O que quer comer?

            - Não Henry. Se fosse só fazer o lanche eu mesma fazia. A questão é...que não tem na cozinha o que eu quero.

            - Não...tem? Hummm e o que você quer, Rachel? Por que tem comida pra caramba na sua cozinha.

            - Eu preciso que saia e vá comprar ostras. – Ela disse reconhecendo para si mesma o quão ridículo aquilo era.

            - Ostras?!?!? Onde eu vou achar ostras a essa hora, Rachel? Eu não conheço essa cidade direito e é madrugada.

            - Mas eu preciso! É desejo de grávida. Por favor. Meu filho não pode nascer com cara de ostra! – Só faltava chorar para ele ir procurar.

            - Tá...tudo bem. – Ele começou a se ajeitar. – Eu vou encontrar ostras frescas pra você.



            O sentimento de Neal foi confuso. Por um lado era divertido saber que seu filho tinha o poder de fazer a mãe desejar algo tão intensamente. E logo ostras? Claro! Era seu filho! Não ia fazer Rachel deseja comer terra ou pedras...queria ostras. A criança já tinha um gosto apurado. Por outro lado, era triste ter que ver outro cara satisfazendo esse desejo. Sem ter com quem dividir esse sentimento, ligou para Mozzie, que havia deixado seu apartamento apenas há algumas horas.


            - O que é agora Neal? São 3h45min. Eu disse que chegava cedo aí...mas nem tanto, né? – Ele reclamou.

            - Rachel está com desejo. Ela quer ostras. Acabou de colocar o Henry pra fora de casa para conseguir.

            - Muito interessante. – Ele se espreguiçou. – Vai me dizer que também sentiu desejo e quer que te leve ostras?

            - Não...eu só queria contar isso pra alguém.


            Mesmo com sono, Mozzie ficou tocado com a atitude de Neal. Ele se sentia meio que como um tio para aquele bebê. Também queria muito encontrar Rachel.


            - Já que me acordou...vou para aí. Prepare um café bem forte, sim?



            Eles assistiram, apreensivos, Rachel conversar com a mãe por 1h40min até Henry voltar com as ostras. Não deve ter sido fácil encontrá-las. Eles viram o sol nascer ouvindo Rachel comer o seu café da manhã peculiar.


            - Vai com calma, Rachel. – Nicolle aconselhou. – Não quero que você passe mal.

            - Tá gostoso. – Ela falou de boca cheia. – Obrigado Henry.

            - Não por isso. – Ele riu da cena. – É...mas se me permite perguntar: essa vontade veio do nada?

           - Melhor do que desejar sabão. – Ela estava tímida, mas contou a origem desse desejo. – Eu sonhei com o Neal.


Nicolle e Henry trocaram olhares.


            - O que? Não foi nada de mais tá? É que ele gosta de ostras e eu sonhei com uma conversa que a gente teve. AAAa não importa. Interessa é que eu acordei salivando por ostras. E você Henry, meu herói, satisfez meu desejo.



            Depois de toda a agitação na madrugada, todos dormiram até quase o meio dia. Isso deu tempo para Neal e Mozzie finalmente conversarem com calma. Na noite anterior havia um motivo para Mozzie estar ligando em plena madrugada. Quando Neal recebeu e lhe mostrou as ultrassonografias, percebeu que na parte de trás havia um símbolo. Pesquisou e descobriu que aquele era o logo de uma clínica particular localizada na cidade de Guttenberg.


            - E por que não me contou isso antes?   - Neal se divida entre a felicidade e a surpresa.

            - Porque você esteve meio surtado nos últimos tempos e eu estava pesquisando. Mas agora tenho certeza. Tudo o que temos que fazer é descobrir quando Rachel voltará lá...e conseguir desviar o sinal da tornozeleira. Aí você encontra com Rachel na clínica, se declara pra ela e tudo fica bem.

            - Se declarar? Pare de bobagem! Eu só quero meu filho.

            - É claro...foi uma ato falho meu. – Mozzie desconversou.



            Depois do almoço, Rachel e Henry passaram a tarde conversando e assistindo filmes antigos. Já havia um clima de despedida no ar. Rachel estava triste. Para deixá-la mais animada, Henry propôs algo que ambos gostavam. Ele pegou o próprio celular e colocou para tocar ‘Same Mistake’.



 (N/A: Abram o link e deixem a música de fundo)



            - Vem? Dança comigo. – Disse-lhe estendendo a mão.

            - Não...olha pra mim Henry! Essa barriga. Não posso dançar.

          - Bobagem. – Ele a fez levantar. – A dança te faz sorrir. Eu te conheço Rachel, dança comigo. Não vou te colocar nas costas nem atirar para cima. Só dançar lentamente. Sentir o momento. 






            A música lenta, gostosa de curtir no embalo dele, na segurança dos braços de um amigo mais que querido, um irmão. Aquele que sempre lhe estenderia a mão independente de qualquer situação. Ela sentiu a emoção fluir e os olhos se enxerem de lágrimas. Segurou o choro. Estava feliz por Henry estar ali. Ele era como um porto seguro.

            Neal ouvia a música lenta, romântica, e sentiu o peito queimar em ciúme. A queria em seus braços e lá estava ela, nos de outro homem. E ele tendo de passar pela tortura de ouvi-los a cada segundo porque o silêncio era ainda pior.

            Quando a música acabou, Henry e Rachel ainda ficaram abraçados algum tempo. Ele sabia que ela estava emocionada. Via-a tocando o ventre e sabia que a amiga pensava no pai de seu bebê.


            - Não fica assim. – Consolou. – Toda essa tempestade ainda vai passar e a gente vai ser muito feliz. Nós vamos ensinar esse garoto a gostar de dançar desde pequeno.

            - Não...não vamos porque em dois meses ele nasce e eu vou perder ele também. Eu vou fugir. Vou ficar sem nada. Sem o Neal, sem você, sem mamãe...e sem meu bebê.

            - Não. Você não vai dar esse bebê. – Ele foi categórico.

            - Vou. – Gaguejando ela reafirmou. – Eu preciso.

            - Olhe bem para você mesma, Rachel. Você está abraçada a própria barriga. Não vai conseguir abrir mão dele.

            - Mas eu tenho que conseguir...é o melhor pra ele. – Disse ainda emocionada.

           

Depois disso a casa ficou em silêncio e permaneceu assim até a noite quando Henry foi embora.



            As semanas que se seguiram foram angustiantes para Rachel, Neal e todos os que os cercavam. Peter ainda teria três semanas fora. O que significava que Diana, sua supervisora temporária, ficaria no seu pé já que tinha medo dele aprontar alguma coisa enquanto era sua responsabilidade. Enquanto isso Mozzie tentava descobrir mais informações sobre a clínica onde Rachel ia misteriosamente. Esteve lá, sondou com recepcionistas, mas não descobriu nada. O jeito seria esperar pela próxima consulta, mas Rachel estava reciosa de voltar lá. Para ela, se o bebê estava bem, agora era apenas esperar o parto.

            Rachel entrou no oitavo mês de gestação muito triste, quase depressiva. A visita de Henry lhe fez bem, mas nas semanas que se seguiram ela sentiu-se ainda mais só. Sentia a falta do amigo e não podia ficar recorrendo a ele, ligando seguidamente. Nem lhe deu um número para poder ligar. Sabia que ele tinha os próprios problemas. Em uma tarde chorou muito.


            - O que você tem filha?

            - Saudade. – Ela respondeu à mãe.

          - Do Henry? – Nicolle lhe acariciava os cabelos. De repente, pegou o celular que Rachel tinha sempre por perto e lhe deu. – Liga pra ele. Não quero te ver assim.

            - Não é do Henry...eu queria ver o Neal. Queria ele comigo aqui. O bebê vai nascer e...eu queria ele comigo!


            Ouvir isso emocionou Neal. Ele também queria estar com ela na hora do nascimento.



            - Liga pra ele. – Nicolle continuava com o telefone na mão. – Diz isso pra ele. Alivia seu coração. Esse rapaz pode estar arrependido do que te fez.



            Neal olhou para o próprio telefone, esperando-o tocar e pensando no que ia lhe dizer. Poderia falar que a queria, que desejava estar com ela quando o bebê nascer e que, se pudesse voltar atrás, não a teria prendido. Poderia dizer que sentia sua falta, que também sonhava com ela. Poderia dizer que esses meses de distância o fizeram ver que a amava.


Mas não disse nada...porque o telefone não tocou.



            - Não! – Disse Rachel à mãe. – Neal perdeu a chance dele. Ele disse que eu não estava em nenhum dos seus planos...também saiu dos meus.



            Como não bastasse a encruzilhada que Neal se encontrava, ainda teve que aturar Lucy na sua cola. Ela simplesmente apareceu em sua porta num final de semana. Ele estava ocupado ouvindo o receptor e teve de esconder tudo para ela não ver. Não queria perder tempo com ela. Acabou sendo grosso e mandando-a embora. E isso ia contra o pedido de Peter. Que fosse...essa mulher não lhe agradava. Se tinha se atirado para os dois, boa coisa não era.

            Chateado com tudo o que se passava, aproveitou-se de que Peter não estava e mexeu em seus arquivos. Procurava o endereço de Henry Roussel. Iria fazer uma visita ao amigo de Rachel. Podia tentar ludibriá-lo e descobrir algo. Chegou a casa e se surpreendeu com a simplicidade. Para um milionário, o homem até que vivia de forma simples. Um empregado abriu o portão da rua sem complicar muito e a porta da casa foi aberta por uma moça.





           

            - Sr. Caffrey...muito prazer. Eu sou Molly Roussel. – Ela o cumprimentou. – Me disseram que deseja falar com meu marido. Posso ajudar em algo?

            - Não...eu preciso trocar uma palavrinha com ele. Henry está?

            - Sim. Eu vou chamá-lo. Porque não aguarda no escritório?



            Ele o fez e não se surpreendeu quando Henry entrou despojado e surpreso.



            - Por essa eu não esperava, Sr. Caffrey. Achava que o FBI já tinha me perguntado tudo o que desejava. – Ele indicou uma cadeira e sentou-se atrás da mesa do escritório. Colocou distância entre eles. Estava mais frio que da última vez. – Devo lhe oferecer uma bebida...afinal está em serviço como agente do FBI?

            - Não quero beber...e nunca lhe falei que era um agente do FBI. Sou um consultor. – Foi franco para ver se conseguia arrancar dele alguma verdade também. – Não vim aqui como funcionário do FBI, seja lá o que eu for, vim como homem. Eu sou o pai do bebê que Rachel espera e quero saber se tem mais alguma coisa para me dizer. Preciso encontrá-la.

            - Porque acha que eu teria algo mais para te falar? – Ele estava muito desconfiado. – Foi você que a prendeu...devia assumir a responsabilidade do que fez.

            - Eu não sabia que ela estava grávida.

            - E se não estivesse? Estava dormindo com ela e a mandou pra cadeia sem nem olhar para trás.

            - Ela matou pessoas...eu tive minhas razões.

           - Você não foi leal à Rachel. O que quer agora? Seu filho? Eu tenho certeza que Rachel fará o melhor por ele. Ela é daquelas pessoas que quando ama, ama de verdade, ama pra sempre. E ela ama o filho. – Ele parou de falar por um minuto. – Falei com ela. Não quer saber de você.


            Neal ficou mal em ouvir isso. Ele foi de uma sinceridade brutal. Mas ele merecia.


            - Porque você confia tanto nela?

           - Porque eu a conheço de verdade. Ela é uma mulher difícil de ler, Neal. Mas é daquelas leituras que marcam pra sempre. – Ele serviu uma bebida pra si mesmo e o olhou antes de falar. – Espera um minuto. Vou buscar uma coisa.



            Ele demorou bem mais que um minuto e em certo momento Neal achou que ouviu gritos. Parece que sua visita não agradou muito Molly. Quando voltou, trazia uma caixa de madeira. Largou-a sobre a mesa do escritório abriu-a explicando.


            - Quero que veja essas coisas e entenda o meu relacionamento com Rachel. – Disse Henry antes de empurrar a caixa para mais perto.


            Ali havia fotos, muitas fotos, bilhetes, até mesmo algumas cartas. DVD’s estavam guardados com todo o capricho. Neal pegou um foto que mostrava uma turma de pré adolescentes. Parecia uma escola...e lá estavam eles...não deviam ter mais que 12 ou 13 anos. Em outra imagem já estavam com uns 17 e tinham as mãos entrelaçadas. Pegou uma terceira foto que trazia o registro dos dois num gramado, fazendo piquenique.


            - Leia atrás. – Henry disse. – Ela me deu essa foto com a dedicatória.


“Com meus cabelos brilhando ao sol pra você não me esquecer nunca”


            - Vocês já namoravam aqui? – Tinha um pouco de ciúme na voz.

            - Sim. Mas não é isso que interessa, Neal. Você não tem um amigo pelo qual faria qualquer coisa?


            Claro que Neal pensou em Mozzie.


            - Sim. Mas ele não foi meu namorado e nem é um assassino.

          - Você se apega nos erros que ela cometeu...eu vejo as coisa boas que ela tem. Se você olhar mais a caixa, vai nos ver com amigos, com meus avós...tem muita coisa aí. Ela faz parte da minha vida e eu me sinto na obrigação de cuidar dela. Uma tarefa difícil.

            - Vocês têm uma história bonita. – Não era só ciúme, era inveja por ele ter vivido aquilo e de ter a confiança dela. – Não vai me dizer onde ela está?

            - Não. Nunca trairia a confiança dela, Neal. – Ele abriu uma gaveta da mesa que estava trancada com chave. – Mas vou te mostrar uma coisa. As mais recentes aquisições dessa coleção de fotos. Veja:




            - Ela está uma grávida linda. – Henry disse, repetindo o que para Neal era óbvio.

            - Ela é linda. – Não conseguia tirar o olho da imagem. Como faria para roubá-la?

          - Porque você a prendeu se a ama? Tá na cara que ama ela...e fez o que fez. Eu não entendo. – Henry não confiava em Neal, mas acredita no sentimento que ele demonstrava.


            Depois de todo o que aconteceu nos últimos meses e olhando para aquelas fotos, nem ele mesmo sabia o que responder. Se as mortes que Rachel provocou eram importantes, aquela vida que ela trazia não seria ainda mais?


            - Eu...eu...não quero falar disso. – Respirou fundo para segurar a lágrima que tinha nos olhos. – Se falar com ela novamente, por favor, diga que se tivesse uma nova chance eu faria tudo diferente.


            Ele ia saindo quando Henry lhe chamou.



            - Neal...leve as fotos dela grávida. Eu tenho o arquivo digital.

            - Obrigada.

          
  Com um aperto de mão eles selaram um acordo de respeito. Os dois sabiam que o outro não estava falando toda a verdade. Era assim que devia ser.



            Mais semanas se passaram sem que houvesse novidades. Neal passava boa parte do tempo que estava fora do FBI olhando para a foto que Henry tinha lhe dado e imaginando quando seu filho nasceria. Rachel estava entrando no nono mês. Faltava pouco.

            Peter tinha voltado de férias e com ele a agitação. Muitos casos agitavam a divisão de colarinho branco. E ainda havia a definição de seu futuro no FBI. Peter voltou com uma proposta.


            - Neal...você é importante pra equipe e é importante pra mim. Quero que você continue conosco.

            - Eu quero ser livre, Peter.

         - E será...em pouco mais de 3 meses sua pena termina. Mas quero que você continue prestando serviço para o FBI. Sem tornozeleira, é claro.



            Ele ficou de pensar. Mas a proposta era tentadora. Ainda mais por ter certeza que, não importaria quanto tempo passasse, Peter sempre estaria no rastro de Rachel. No FBI ele poderia evitar que ela voltasse pra cadeia.

Quando chegou em casa naquela noite, Neal recebeu de Mozzie uma notícia que aguardava há semanas. O médico a havia convencido a voltar a clínica.


            - Na semana que vem ela vai fazer o último exame. – Mozzie quase pulava de alegria. – Se quer ver seu filho nascer, Neal, é a sua oportunidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário