domingo, 26 de janeiro de 2014

A Mentira - Capítulo 31: Recaída





            Era só o que faltava! Uma mulher não tinha o direito de ter um sonho em paz?! Isso devia ser lei! Serviria principalmente para proibir o homem em questão de aparecer enquanto você ainda está praticamente em chamas!
            Pegou um simples conjunto de calcinha e sutiã branco e um vestido leve e jogou sobre a cama para colocar depois do banho. Tirou a roupa e ligou o chuveiro no modo mais frio. Estava com o corpo fervendo ainda e saber que Grey estava sentado na sala não ajudava nada. O que ele queria logo hoje?
            Saí do chuveiro, me sequei o mais rápido possível e mal passei o pente pelos cabelos antes de sair do banheiro ainda nua. Não é preciso se arrumar para ex marido! Já no quarto...o susto foi grande:
            - Christian! Sai daqui! Eu mandei você esperar na sala! – Ela correu pra agarrar o roupão e se cobrir.
            Os planos de Christian eram um pouco diferentes. Ela não chegou nem perto do roupão. Num piscar de olhos estava nos braços dele, indo em direção à cama.
            - Não precisa de roupão, Ana...eu tenho direito de ver minha mulher e as mudanças que meu filho está fazendo no corpo dela.
            - É MEU filho, já disse. – Como? Como resistir a isso? Essas mãos lhe tocando era como estar no paraíso.
            - É, seu...por que eu coloquei ele dentro da sua barriga, meu amor. – Os beijos começaram no pescoço, desceram pelo vão entre os seios e chegaram ao ventre. – Eu sou o seu pai, bebê, tudo o resto é bobagem.
            - É mentira dele, meu filho. – Disse só pra não deixá-lo com a última palavra.
           
            E o filho da mãe apenas riu. Parece que estava decidido a me fazer gozar da forma mais vergonhosa possível. Ahh..a... e ia conseguir.
            A química entre eles era a melhor arma para reconquistar Ana. Christian sabia disso e Iria usá-la para ganhar mais uma chance com a mulher da sua vida. Ele estava completamente vestido, ela não tinha nenhuma. Ótimo. Sua prioridade era ela, não o próprio prazer. Ergueu cada uma de suas pernas apoiando-as em seus ombros e começou a lhe acariciar do jeito que, sabia, Ana delirava.
            -Haaa...Chris...
            - Calma, Ana. Eu estou só começando.
            - Você por acaso não trouxe nenhum daqueles seus brinquedinhos, trouxe?
            - Não...Ana. Aqueles ficaram na fazenda. Mas eu posso providenciar para as próximas vezes.

            Deixando-se levar pelo prazer, Ana  curtiu o momento sabendo que ia gozar na boca dele.
            - Chris...eu...
            - Eu sei. Relaxa...goza pra mim...eu quero ver você tremer de prazer por mim, Ana.

            Ele vi e só quando ela estava desfalecida em seus braços é que tirou as próprias roupas e abraçou-a, esperando que se recuperasse para continuarem aquele dia na cama.

            Algumas horas depois...

            Quando o prazer vai embora deixando os pensamentos serem ordenados, muita coisa muda de figura. Parecia certo, os braços dele pareciam o melhor lugar no mundo há alguns minutos. Agora não era mais. Ele é gostoso. Ele entende de sexo como ninguém...mas já tinha tido provas suficientes de que eles não funcionavam como casal. Fora uma loucura. Apenas isso.

            - Vai embora, Grey! Agora! Por favor. – Levantou-se da cama com vergonha e foi ao banheiro.
            - Como assim...para onde foi o ‘Chris’ sussurrado de agora há pouco? Ana...você me ama, nós nos amamos. Vamos ter um bebê. Vamos nos dar uma segunda oportunidade.
            - Não! Não! Já disse! É MEU bebê! Meu! E nós não vamos voltar. Entende isso e vai embora. Some da minha vida. Some! – Ela gritou.

            Depois de muito observá-la, Christian entendeu que a abordagem puramente sexual não ia funcionar. Ela precisava sentir sua falta. Desistir? Jamais. Mas teria que se afastar de Ana.

            - Ok...eu vou pra fazenda e vou te deixar em paz, Ana. Adeus!

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