domingo, 12 de janeiro de 2014

A Mentira - Capítulo 30: Hormônios



Ana não conseguia acreditar no que aconteceu. Seu bebê era filho de Christian, obviamente. Sua tentativa de convencê-lo do contrário não passava de uma artimanha...nem ela acredita que ele levaria mais do que alguns minutos para perceber que mentira. Mas aí José apareceu e, como se não bastasse, Jacob também. E OS DOIS declararam querer assumir o bebê. José deu a entender que eles transaram na fazenda! Como se ela fosse capaz de trair o marido na própria casa em que vivia com ele!?!??! E aquele idiota ainda acreditou e sair bufando feito touro bravo!
            - José! Saia da minha casa agora! Antes que eu atire você pela janela!
            - Mas Ana...eu...eu só quis ajudar.
            - Ajudar? José! Você é um homem casado...muito mal casado, é verdade, mas continua sendo marido de Alice. E resolve dizer para o Christian que o bebê que eu espero é seu? Concebido lá na fazenda...debaixo do nariz dele? Faça o favor de me explicar como isso seria de alguma ajuda pra mim.
            - Ora prima...quando eu cheguei e ouvi vocês conversando e você estava tentando convencer ele de que não é o pai do bebê. Então o que melhor do que outro homem, eu no caso, assumir a paternidade? Quando você esfriar a cabeça, Ana, verá que é o melhor. Eu posso assumir o seu bebê...será o nosso filho.
            - Calado! Nem mais nenhuma asneira, José! – Ele só podia ter batido com a cabeça na parede. – Esse filho é meu, só meu. Seus pais iriam enfartar se ouvissem essa história. Nós dois tendo um filho?! Ora! O tio Ray morreria de vergonha de nós.
            - Não me importo com papai, muito menos com a Alice. Não devo nenhum respeito pra ela. Me preocupo com você.
            Ele era sincero e isso tocou seu coração. Em meio ao turbilhão de problemas pelos quais passava, José estava ali, comprando briga com Christian e disposto a se tornar pai de um bebê que não tinha seu sangue, mesmo que isso representasse uma briga feia com seus pais e mais um escândalo. Impossível não sorrir diante de tão grande prova de lealdade. Abraçou-o fortemente.
            - Obrigada, primo. Mas cada um luta suas próprias batalhas. Você não vai se envolver nisso. Ok?
            - Se é assim que você quer. Mas a proposta continua de pé.

            Depois faltava resolver a sua situação com Jacob. Ele era mais que um amigo, era um parceiro, alguém que lhe estendeu a mão quando estava isolada nas mãos de um marido possessivo e fora de controle. Sem Jacob, teria ficado dependente e a mercê dos desmandos de Grey pelo resto da vida. Mas ele não podia entrar em sua casa e atrapalhar uma conversa de família. Além de, também, se oferecer para ser o pai do bebê.
            - Ana...eu peço desculpas se te ofendi. Nunca quis dar a entender que nós tivemos algum envolvimento íntimo. Você nunca traiu seu marido e, se quiser, eu procurarei Christian e direi isso.
            - Não, Jacob. Não se preocupe. Eu não devo explicações ao Christian e o que ele entender é problema só dele. Mas quero que você se contenha.
            - É claro.
            - Já me basta o José que não só deu a entender algo indevido, como afirmou, com todas as letras, que é o pai. Grey saiu daqui bufando!
            - Ele merece isso, Ana.
            - Eu sei.

            Queria ficar sozinha, pensar na vida. Foi para seu quarto e ficou deitada abraçada a camisa branca de Grey. Trouxe a peça da fazenda e a tinha como uma lembrança. O cheiro dele estava ali. Logo o sono veio e com ele os sonhos.
            Estava na cascata, nua, deixando o sol queimar-lhe a pele sem nada para atrapalhar. O calor era forte, mas não vinha apenas do sol, ele tinha pouco a ver com isso na realidade. Ela estava em combustão, o sangue fervilhava.
            O culpado da elevação de temperatura estava lá, observando-a também com os olhos ardendo. Nesse caso, não de desejo, era raiva, quase ódio. Abriu os olhos confusa com a luminosidade do dia e ficou confusa com os sentimentos que ele transmitia no olhar. Por que Christian estava nervoso? Nossa...mas ele ficava tãooo sexy irritado, com cara de mau, um ar de possessividade que gritava ‘você é minha’. Qual mulher não gostava disso? Era como encontrar o seu lugar no mundo.
            - Vai ficar exibindo esses peitos muito tempo? Se veste porra! – Gritou e puxou-a pelo braço. – Tá querendo me provocar é? Sabe muito bem que mulher minha, não se oferece pra outros.
            - Não tem mais ninguém aqui, Christian.
            - Um homem podia ter trazido um cavalo pra beber água no riacho e teria visto você pelada. – Beijou-a tão fortemente que deixou seus lábios inchados. – O que eu devo fazer com você, Anastásia?
            - Me comer...bem gostoso...pra extravasar toda essa raiva. – Respondi, rebelde.
            Sua resposta apertar minha bunda, por baixo, forte, de um jeito que deixaria marca.
            - Sim, eu vou te comer sim. Mas antes vou te ensinar a nunca me desobedecer.
            - Do que você está falando? – Minha voz tinha um temor forçado. Na verdade, estava ficando molhada de expectativa, mas meu homem gostava da ilusão de que me gerava medo. – Vai me machucar?
            - Devia ter pensado nisso antes, Ana. Agora aguente as consequências. – Senti seus dentes cravados no meu pescoço. – Eu vou bater no seu traseiro, sim, com a minha mão. Vou deixá-lo ardendo. E depois, quando achar que você foi castigada o bastante, aí sim, vou te comer. Vou te abrir as pernas aqui mesmo e vou te fazer gozar tanto que amanhã não vai nem conseguir andar.
            - Mas...
            - E não ouse reclamar. Agradeça eu usar apenas minha mão e não um galho dessas árvores para lhe dar o castigo que merece por expor o corpo que me pertence.
            Eu o olhei com expressão de arrependimento, falso. Estava ansiando por meu castigo e só pedia mentalmente para ele não pesar muito a mão nos tapas e guardar energia para a parte de me fazer gozar. Como não havia onde ele se sentar, meu castigo não seria aplicado comigo sobre seus joelhos. Pena, adorava aquela posição. Christian se aproximou de uma das árvores.
            - Venha! – Disse ríspido. – Segure-se com a palma das mãos no tronco da arvore, costas flexionadas e a bunda bem empinada. Entendido?
            - Sim, senhor. – Fiz o que ele mandou.
            - Empina mais a bunda, Anastásia. – Com um tapa rápido, vindo de baixo pra cima, ele colocou meu traseiro em posição. – Você está me oferecendo sua bunda para bater porque sabe que merece.
            - Sim, eu mereço. – Senti três tapas rápidos, fortes e ardidos estalarem na minha bunda. Ai! Ai!! AIII!
            - Por que está apanhando, Ana? – Disse e continuava estalando golpes na bunda já vermelha. Ele realmente estava irritado e não estava me poupando.
            - AIII...por...aiii...porque eu. UIIIAIAIUIII...
            - Não ouvi a resposta, Ana. – Com batidinhas entre minha coxas fez com que afastasse as pernas e estalou um tapa na boceta.
            -Ahh – Esse foi mais um gemido....ali era ainda mais gostoso. – Porque AIA fiquei nua no riacho.
            - E o que acontece quando você exibe o que é meu? – Cada palavra era um tapa.
            - Ai! Para Chris!
            - Responde! – Os tapas ficaram mais fortes. – Eu decido quando parar. O que aconteceu quando fica pelada por aí?
            - Você bate no meu rabo, porra! AIII!!! Tá doendo!
            - É pra doer mesmo! – Os golpes iam da direita para esquerda, intercalando entre a parte de cima da bunda e a parte da polpa, e depois vinha um forte bem no meio. Tudo já estava ardendo. – Esse rabo é meu! MEU! MEU!
            Ele parou e me virou de frente, estava ofegante, parecia ter feito horas de exercício físico. Achei que simplesmente iria desabar sobre mim e adormecer. Mas não. Ele abriu o cinto da calça e por um momento achei que iria me bater ainda mais. Estava pronto para dizer a palavra de segurança antes mesmo dele começar.
            - Não me olhe assim. Por hoje sua surra acabou. – Abriu e tirou a calça rapidamente. Num movimento bruto empurrou minhas costas contra a árvore e passou minhas pernas em sua cintura. Lá estava eu arregaçada pra ele....e adorando tudo. – Agora vem a segunda parte do teu castigo.
            E ele veio, duro e gostoso como me lembrava. Aaaa como era bom ser castigada. Eu sairia nua mais vezes por aí. Entrava todo, sem dó. Não falava nada...só me fodia no melhor estilo Christian Grey. Deus que homem é esse?
            De repente trovões começam a encher o céu, o barulho vinha nos atrapalhar, um atrás do outro. Inferno! Não nos atrapalhe! Meu subconsciente queria gritar...até que abro os olhos e tenho a triste percepção que tudo não passava de um sonho. E que os trovões na verdade eram a campainha.
            Era vergonhosamente triste acordar úmida no meio das pernas por estar sonhando com seu ex, o ex que você enxotou da sua vida. E no sonho ele estava transando com você violentamente depois de te dar palmadas....a quem se importava com a vergonha nessas horas?
            A campainha voltou a tocar e se enrolou num roupão para ir abrir.
            Não! Era ele...
            - Finalmente abriu essa porta! O que estava fazendo? – Bradou Christian?
            Resistindo a vontade de dizer ‘sonhando que você me dava palmadas enlouquecidas e depois me comia como só você consegue’, ela apenas abriu a porta e o ignorou.
            - Estava no banho e, se me permite, vou terminá-lo. Espere aqui!

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