domingo, 23 de junho de 2013

Casamento, Fuga e Vingança - Capítulo 19: Paraíso


Ar puro, barulho de água correndo no leito do rio, vento cantando ao encontrar as paredes da casa, um friozinho gostoso e ótimas companhias ao meu lado. Ainda não cheguei na fase de conseguir desligar o celular, o tablet e ‘me desligar’ dos negócios, mas minhas pequenas férias na fazenda iam muito bem. Acordava, dava algumas ordens ao celular, resolvia tudo o que podia e delegava algumas questões às pessoas competentes. Depois, com um firme aviso de que só por um incêndio deveria ser chamado, seguia em direção ao paraíso novamente.
            Alguns podiam achar estranho eu e Bella, depois de tantas brigas e humilhações estarmos bem, nos tratando com respeito e nos dedicando a ser um casal, algo impossível até então. Eu também não previa nada assim, não queria voltar a sentir nada por Bella. Só não consegui evitar. Certa ou errada, culpada de muitas coisas e responsável por meses de angústias e humilhações em minha vida, Isabella ainda tinha o poder de fazer meu coração bater mais forte. Eu não gostava, não queria esse sentimento, mas não resistia a ele.

            - Bom dia. – Falei na manhã do segundo dia na fazenda. – Passa das 11 horas Bella.
            - Nós dormimos muito tarde. Quero ficar na cama...com você.
            - Não quero abandonar nossos convidados.

Bella sorriu.

            - Garanto que Alice dá conta de entreter Jasper muito bem. – Disse com sorriso maroto.
            - Sim, mas eles já passaram o dia sozinhos. Pensei em fazermos um passeio a cavalo. Vamos?
            - É tentador, mas eu tenho medo. E se o cavalo não gostar de mim e me atirar longe.
            - Deixe disso Bella, você vai comigo, não vai correr risco algum.

Não demorou para Bella e Alice se encantarem pelos cavalos que eram muitos, confortavelmente instalados numa moderna estrebaria. Eu já sabia que um se destacaria por sua beleza e força, mas neste ninguém montaria.

- Nossa Edward, não fazia ideia que você gostava tanto de cavalos. – Jasper se surpreendeu.
- Sim, gosto de todo tipo de animal, mas os cavalos são minha paixão.

Um relinchar alto chamou a atenção de todos. Eu tratei de esclarecer.

- Não se preocupem, é o Trovão. Ele é lindo, o animal mais lindo que já vi, mas com um temperamento forte. É impossível montá-lo, ele só faz o que quer.

- Fiquei curiosa. Quero conhecer o Trovão. – Alice se manifestou.



- Ele é lindo, forte, tem mesmo que ser livre. – Disse Bella.
- Viu Trovão? Conquistou mais uma fã. – Disse enquanto fazia carinho no animal.
- Mas ele deixa você tocá-lo? – Alice se surpreendeu.
- E porque não contrata alguém para domá-lo? – Perguntou Jasper.
- Não Jas, acho que Trovão nasceu para ser diferente. Ele não quer ninguém sobre ele, então não vou tentar forçá-lo. E duvido que exista alguém capaz de domá-lo. Ser feroz faz parte de sua essência, de sua beleza. Talvez ele perceba que não vou tentar montá-lo e por isso permite que o toque.

Ficamos um tempo observando Trovão e depois fomos buscar nossas montarias. Bella e eu usamos Ágatha, uma égua dócil e linda com pelo mesclado de preto e branco. Ela era carinhosa e parecia perceber o medo de Bella, então fazia movimentos suaves. Era um animal brilhante em sua delicadeza:



Alice não quis cavalgar junto de Jasper. Então usaram o Sultão, que era da cor caramelo com uma mancha branca na face e Topázio. Foi só Alice colocar os olhos nele para entender o por quê do nome.
                                                                                                
- Nossa, o pêlo dele é exatamente como as pedras preciosas.


Nosso passeio foi bem tranquilo. Apresentei a extensa fazenda com direito a muitas paradas para fotografar. Era um verdadeiro paraíso e voltamos para casa ao anoitecer, prontos para tomar uma taça de vinho e beliscar algo bem quente. Logo depois do jantar eu e Bella fomos abandonados enfrente a lareira. Agradeci mentalmente aos nossos amigos.

- Edward...acho melhor irmos pro quarto. Aqui alguém pode nos ver. – Bella disse quando nossos beijos começaram a ‘esquentar’ um pouco mais.
- Acho que eles estão bem ocupados lá.
- Não faz assim Edward.
- Tá bom. – Mas tive outra ideia. – Que acha de um banho morninho de banheira.
- Hummmm.
- Vou preparar a água.

Algum tempo depois...

            - Edward Cullen, você não disse que nós iríamos tomar banho?
            - E não é o que estamos fazendo? – Perguntei enquanto a erguia e mordiscava um de seus seios.
            - Aaaaaaa não Edward, não é tomar banho o que estamos fazendo.
            - E você acha isso ruim? – Perguntei olhando em seus olhos enquanto a acariciava intimamente.
            - Não, eu não diria isso.

            Só saímos da água quando esta esfriou e dela fomos para a cama. Isabella podia ser dona de todos os defeitos possíveis, mas sabia como me enlouquecer. Quando ela cruzou as pernas em meu quadril, estava perdido e não pude fazer outra coisa se não me afundar nela sem nenhuma delicadeza.
  
            - Cuidado para não quebrar a cama Edward!
            - Não acho que eu consiga, é madeira maciça. – Eu deixei o ritmo se tornar mais lento por alguns minutos para prolongar a sensação e os altos gemidos vindos da mulher sob mim. Enquanto isso beijava e mordiscava seu colo, pescoço e seios. – Amo seus seios, são perfeitos.
            - Mentira! – Ela respondeu.                                      
            - Claro que não. – Como ela podia afirmar isso? Eles eram fantásticos e Bella sempre soube o quanto é bonita. Ela não sofre de falta de auto-estima. – São lindos.
            - Sim, são, mas não ao seu gosto. Você gosta de mulheres fartas, com seios grandes, cintura fina, coxas grossas e quadril generoso. Eu devo ser a primeira fora desse padrão a visitar sua cama.
            - Você não é visita, é de casa. E a beleza não segue um padrão, posso preferir seios grandes, mas os seus me enlouquecem!

            Parei com o papo e a coloquei de quatro na cama. Sempre quis saber até que ponto ela era liberal na cama e agora era o momento certo. Ela estava descontraída, com os músculos relaxados e o bumbum redondinho empinado pra mim. Quando passei um gel na entrada apertada ela ficou tensa, mas não tentou fugir. De brincadeira, dei uma palmadinha na nádega esquerda e ela voltou a relaxar.

            - Já fez isso antes?
            - Não. – Nunca havia sido ciumento ou possessivo, mas ouvir aquela negativa me deixou extremamente feliz.
            - Então vamos descobrir se gosta.

            A invadi lentamente, ganhando espaço ao mesmo tempo que a acariciava. Sabia que essa não era a forma mais agradável para as mulheres, mas Bella sentia prazer, tenho certeza, se não pelo ato, pela novidade que envolvia e as carícias que lhe dava com os dedos. Nos poucos momentos em que percebi que ela estava com desconforto maior, parei e esperei até ela começar a se mexer novamente.

            - Tão apertadinho, gostosa!

            Tinha momentos em que eu mordia suas costas ou dava mais palmadas em suas coxas. Ela estava enlouquecida, mas não chegaria ao orgasmo, então rapidamente mudei de posição e enquanto ela agora cavalgava gritando em meu colo, pude aproveitar minha ida ao paraíso.

            Antes de dormirmos abraçados eu ainda sussurrei algo que a tempo estava pronto para dizer.

            - Boa noite, MEU AMOR!

Infelizmente, não tive nenhuma resposta.

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