domingo, 9 de junho de 2013

Amor Sem Limites - Capítulo 12: acordo

A campainha tocava incessantemente. Carmen a ouvia, mas não sentia vontade de se erguer da cama. Pediu para as irmãs deixá-la só em casa e sabia que não estava apresentável. Melhor deixar a campainha tocar até desistirem. Só que a pessoa do outro lado da porta era insistente e não dava sinais de cansaço.

- O que é? – Disse ao abrir..e antes de entrar em choque e ver de quem se tratava. – Arthur...Isabella...o que você quer?
- Por favor, me chame de Bella. Será que nós podemos entrar?                     
- É claro. – Depois que estavam acomodadas a sala de estar Carmen voltou a falar. – Como posso te chamar por um apelido carinhoso quando você me apunhalou? Você me tomou um filho.
- Não! Eu tive meu filho tomado.
- Não fui eu. – Arthur começou a chorar e Bella permitiu que ele fosse para o colo de Carmen. A ligação deles era forte. – Eu o amo.

Observá-los era doloroso para Bella. Seria uma longa caminhada fazer com que eles se afastem. Uma caminhada sem sentido. Carmen era uma boa mulher. Arthur tinha sorte em poder contar com ela.

- Eu sei. Peter o levou do hospital e vocês o adotaram sem que você soubesse as circunstâncias exatas. Mas isso não muda o meu sofrimento. Eu procurei por ele. Eu também o amo.
O olhar de ambas as mães era duro. Nenhuma estava disposta a abrir mão do menino. Cada uma tinha suas razões e muito amor para dar. Bella, além de ser a genitora biológica, tinha o desejo de finalmente conhecê-lo de verdade. Carmen era apegada a criança e sabia que não seria mãe naturalmente. Precisavam entrar em um acordo.

- Se você já o tem...porque veio me procurar? – Carmen perguntou.
- Carmen...eu não vou desistir de meu filho. Essa história ainda virá completamente a luz e Peter irá pagar junto com quem mais estiver envolvido. Eu tenho o direito de criá-lo...mas eu o quero feliz e você lhe faz falta. Então eu quero te propor um acordo.
- Acordo?
- Sim. Quero que você tenha contato com Arthur. Quero que ele saiba desde o início o que aconteceu, que tem duas mães que o amam, que pode contar com duas famílias cheias de tios de tias. Eu achava que o meu filho estava perdido no mundo, sem ninguém. E eu o achei com você, uma mãe maravilhosa. Não quero tirar nada dele. Só lhe dar mais amor. Será que nós conseguimos?

Não era o que Carmen desejava. Queria que tudo isso não passasse de um pesadelo e, ao acordar, seu bebê estivesse dormindo no quarto. Como sempre foi. Mas nada poderia ser pior do que não ver Arthur crescer.
- Eu vou me esforçar para que dê certo. – Disse emocionada. – Não quero ficar sem ele.

As semanas seguintes correram assim. Arthur foi se acostumando com a nova rotina e não parava de ser paparicado pelas famílias. Para ele se tratava de uma grande família!
Edward gostava muito do menino, mas é claro que não tinham uma relação de pai e filho. Eram amigos, as vezes pareciam primos os irmãos. Ele lhe trouxe brinquedos de pelúcia e um carrinho que capotava repetidas vezes. Arthur adorava ver isso.

- Ele te adora. – Bella disse depois de observá-los.
- Eu também gosto muito do seu filho, Bella. E fico imaginando como serão os nossos.

Essa pegou Bella de surpresa.

- Você é muito novo para ser pai, Ed. E eu para ser mãe...mas eu não tive escolha.
- Eu sei, Bella. Não queria te trazer lembranças ruins. É só que...um dia nós poderemos ter a nossa família.

- Sim. Poderemos.

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