segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Mentira - Capítulo 14: doce castigo


            Como poderia ficar ali, fria e indiferente ao toque dele? O que tinha de irritante, bipolar e mandão, Grey também tinha de gostoso. Suas mãos serpenteavam rápidas e os lábios pareciam cobrir toda a sua pele. Não era nem rápido nem devagar demais, era perfeito.
            - aaa Christian...sabe que assim você é bem melhor..ai.aa.aiiii vai...você é bom nisso. – Ele estava fazendo um oral enlouquecedor.
            - Molhadinha...Ana...mas não esqueça que está proibida de gozar...a não ser que queira enfrentar as cartas.
            Ele tinha que lembrar isso?
            - Você não pode esquecer isso?
            - Não. Meninas desobedientes são castigadas...eu ia te dar uma boa surra e você não deixou.
            - Eu não gosto de apanhar! – Será que isso é tão difícil de entender.
            - E nem quero que você goste. – Mentira. Suas ex subs sempre curtiram sessões de spanking, mas ele não desejava que Ana soubesse disso. Queria que ela sofresse e o medo da dor era um grande aliado. – Acho que umas boas surras até que iam te fazer bem...você ia chorar, desabafar e se sentir ‘perdoada’ dos seus pecados. Mas primeiro eu vou te fuder...depois...as cartas dirão qual será sua pena...isso se você gozar, é claro.
            Sentiu ele enfiar dois dedos bem fundo em sua buceta e foi impossível não contrair os músculos e gemer.

            - Gostosa...apertadinha...vai gemer? – Mordeu seus mamilos sabendo que a levaria à loucura. – Para uma vagabundinha até que você é bem apertadinha. Eu gosto assim.
Desgraçado! Como se atreve!
            - Como pode chamar sua esposa de vagabunda?!?!?
            Com brutalidade ele a vira de bruços na cama. Sua bunda era o alvo...mas não de palmadas. Ele começou a apertar e morder.
            - Você mesma disse que teve muitos homens na sua cama...quer que eu te chame de donzela?
            Ela tenta se levantar, mas ele a segura.
            - Eu to odeio Christian Grey! – gritava.
            - Não, não odeia. – ele respondia. – E você sabe disso. Você me quer, está louquinha por mim..por isso veio pra esse fim de mundo. E você é minha, só minha. Do jeito que eu quero, na posição que eu desejar, na hora que eu te quiser.
            Achou que ele ia forçar o anal. Ficou rígida em seus braços.
            - Não...hoje eu não quero teu cú. Um dia. – Deixou-lhe um chupão no pescoço. – Agora eu quero é essa buceta encharcada pra te fazer gemer e gozar.

            Ele queria ou não que gozasse...não era ficar sem prazer o seu castigo. Não...só agora percebia que ele exatamente desejava a desobediência. Ele tinha prazer em castigar. Que homem complicado!
            De um puxão só ele a postou de quatro sobre o colchão  e a penetrou sem aviso. Não pedia...apenas tomava deliciosamente o que desejava.
            - AAAAa sua gostosa! Anastásia você pode ser uma desgraçada dos infernos, mas é um tesão! AAAA eu ainda me acabo em você!
            - Vai Grey! Mais rápido! Vai! Não queria me fuder forte?! Então vai...aaaa desgraçado, gostoso dos infernos aaaaa...- Gozar ou não gozar? Como se tivesse escolha na cama dele. – Eu não aguento mais Chris! AAAAAAAAAAAAAAA
            - Vem minha Ana, vemmm...comigo vem....

Mais algumas estocadas profundas e ambos gritaram juntos ao alcançar o auge do prazer.

Algum tempo depois...

Christian se levantou ainda tonto com o grande prazer que sentiu com a esposa. Era sempre assim, mas ainda o surpreendia. Essa mulher o estava deixando tão fora de si que até esquecia seus fantasmas...desde quando não tinha pesadelos? Ela apagava tudo.
            Ergueu-a no colo, estava tão cansada que não conseguiria andar. Era apenas por esse motivo. Não sentia nada por ela a não ser ódio, vingança e, às vezes, um pouco de tesão. ‘Grey...a quem você tenta enganar?’, sua consciência teimava em falar. Colocou-a na cama de seu quarto e retornou ao de jogos para buscar as cartas.

            - Chegou a hora de acertar sua conta Ana...você mais uma vez não obedeceu. Gozou como uma mulher desvairada, pediu por mais e, se eu quisesse, estaria te comendo mais uma vez.

            Ela o olhava encolhida nas cobertas. Estava cansada...ele não parava nunca?

            Ele jogou o baralho em seu colo e ela as analisava assustada.

            - Palmadas
            - Chineladas
            - Cintadas
            - Régua
            - Chicote de tiras
            - Chicote de montaria
            - Açoite
            - Submissão com gaiola e coleira
            - Surra fora do quarto de jogos
            - Cinto de castidade
            - Cinto de castidade com pênis
            - Cinto de castidade com vibrador por controle remoto
            - Plug anal
            - Bolas tailandesas
            - Abstinência

            Nem tudo ali era conhecido, mas, impressionantemente, a abstinência foi o mais desagradável de ler depois de um sexo tão gostoso.

            - A gaiola e coleira é uma sessão de humilhação onde você é tratada como escrava sexual por 24hs. Usa somente a coleira no corpo, come no chão e não à mesa, dorme na gaiola, só engatinha e obedece a tudo. – Ele falou com tranquilidade. – O resto você já deve saber o que é.
            - Como assim surra fora do quarto de jogos? – Perguntou.
            - O estábulo..., a dispensa, a casa de um amigo, a sacristia de igreja...não sei...onde me der vontade. – Ele a estava assustando.
            - Abstinência por quanto tempo?
            Ele riu descaradamente. Era delicioso saber que ela o desejava de forma tão desesperada.
            - Ana, Ana...você tem necessidades. Não fica sem sexo. – Sua seriedade voltou. – Mas só terá comigo...seu prazer é meu e eu decido quando. Se sair essa carta eu estipularei o tempo que você ficará sem prazer.

            Ele a obervou antes de mostrar outras duas cartas.

            - Quero te propor um acordo, Ana.
            - O que?
            - Acrescentar duas cartas ao nosso jogo. Uma é algo que você quer...a outra é uma coisa que eu adoraria experimentar uma dia, mas que você tirou do contrato.

            - Perdão
            - Cane
           
Mesmo sem precisar ele explicou.

            - Se sair perdão eu esqueço todos os seus últimos pecados em você sai livre das desobediências e do gozo de hoje. Se sair a cane eu posso te fazer ‘provar’ esse castigo que é o mais doloroso.
            Já tinha apanhado e surrado com a tão temida vara. Nos tempos em que foi dominado por Elena, ela costumava ser muito dura nos castigos, deixando-o muito machucado e humilhado. Como Dom não era o castigo da sua preferência. Primeiro por que era um dos mais perigosos e também por que, sendo muito doloroso, exigia que a sub fosse mimada depois para se recuperar. Isso significava não dar nem mesmo uma palmada por mais de uma semana e isso o desagradava. Preferia pequenos castigos contínuos que eram sensuais e davam prazer diário aos dois. Só que lembrava a si mesmo a todo o momento que não era no prazer que sua relação com Ana estava baseada. Ela tinha mesmo é que sofrer.
            - Não...eu tenho medo. – Respondeu ela.
            - Vai desperdiçar a chance de ser perdoada? – Ele gostava de ver a indecisão nos olhos dela. – A cane dói, Ana, queima a pele, deixa você sem poder se sentar por uma semana. Mas...um mês sem sexo pode ser bem mais desagradável.

            Ela tomou coragem. Tinha muito medo, mas não queria demonstrar isso.
- Ok, eu aceito! – A voz saiu tremida.

As cartas foram embaralhadas e cortadas em três partes como num jogo de verdade.

            - Escolhe uma Ana. – Ele disse muito sério. – Vira a carta e lê em voz alta qual foi a sua sorte.

            Ana o fez e, num misto de alívio e medo, descobriu o que seria.

            - Cinto de castidade. – Disse sem saber se isso era bom ou não.

Sem dizer uma palavra Christian saiu e voltou um minuto depois. Jogou algo bem estranho na cama e num tom típico de dominadores ordenou.


- Aí está o seu companheiro para os próximos dias. Amanhã cedo eu o colocarei em você. Durma bem Ana.

                A noite demorou a passar para Christian. Além de não conseguir se livrar do cheiro de Ana, do desejo por ela, da ânsia de dormir com ela em seus braços para ter certeza de que ela não escaparia, ainda tinha a preocupação pelo que faria na manhã seguinte. Anastásia podia simplesmente dizer NÃO e ele seria obrigado a deixar de lado o contrato e qualquer castigo.
                - Não...ela gostou da ideia. Ela quer provar o cinto de castidade. Eu vi isso.

                Mas aí estava outra questão. Anastásia, contra tudo o que ele havia planejado, estava tendo prazer. Ela estava gostando  e a trouxe aqui para sofrer até confessar a culpa pela morte de seu irmão.
                - E ela está longe disso! – Gritou olhando para a aliança em sua mão. – Eu casei com você e quero te fazer sofrer, Anastásia, mas também não quero te perder.

_________#__________

                Na manhã seguinte ele esperou Ana usar o banheiro e tomar banho.

                - Deita nua na cama para eu colocar o cinto em você. Depois você vai poder se vestir normalmente. – Ela obedeceu e ele foi apertando a fivela antes de fechar o pequeno cadeado. – Tá quase pronto.
                - Tá apertado. – Não chegava a machucar, mas era estranho.
                - É assim que tem de ser. Ela evita qualquer tipo de prazer sexual, inclusive que você se toque. Você poderá urinar, mas não conseguirá se secar como normalmente. – Ela achou o assunto íntimo demais.  – Olhe para mim...é importante. Tem que se lavar bem e não deixar úmido. Se não pode pegar uma infecção ou ter alguma assadura. Eu vou conferir pela manhã todos os dias.
                - Quanto tempo ficarei com esse troço em mim? – A sensação dele ter controle sobre isso era tão estranha. Estar sob cuidados tão íntimos era vergonhoso e sensual ao mesmo tempo.
                - Ainda não sei...vai depender do seu comportamento. Acho que uns cinco dias. – Ele a beijou nos lábios delicadamente.  – Se for uma boa garota eu prometo que tiro antes e...Ana...você precisa me fazer se tiver qualquer coisa errada tem que me falar. Vou te deixar sem o cinto por uma hora pela manhã. Para poder se lavar bem e usar o banheiro com mais liberdade...mas se faltar algo...durante o dia pode me procurar. – ‘Grey você está adocicado  demais’, a consciência o alertava. – Mas não ouse tentar me enganar e tirar sem a minha permissão. Eu descobriria e te daria uma surra para o seu traseiro nunca mais esquecer! – ‘Pronto. Isso deve tê-la intimidado’.
_________#_________

                O primeiro dia foi tudo menos normal. Ficar apertada naquela região era no mínimo desagradável. Descobriu que ‘lembrar’ das coisas que ela e Christian fizeram noite passada era terrível usando o cinto. Afinal o prazer ficava ‘preso’ ali e ela se sentia frustrada. Era uma dor que não esperava.

                - Ainda bem que não saiu a abstinência. – Disse a si mesma sem nenhum pudor de assumi que desejava seu marido com loucura.

            Descobriu que fazer xixi era ridiculamente difícil. Lavar a...região pior ainda.
           
            - Ainda bem que é só xixi. Imagina se fosse mais que isso?

            Para completar sua situação, apesar de desejar ficar sozinha, Jacob apareceu na fazenda para lhe fazer uma visita e trazer chocolates. Ele era simpático e educadíssimo, mas aquele aperto nas regiões mais baixas a estava deixando nervosa.
            - A senhora está se sentindo bem? – Perguntou ele quando se mexeu mais uma vez na cadeira.
            - Sim, é claro. Apenas estou aguardando meu marido chegar e...
            - E ele sente ciúmes? Sim, eu percebi. E acho que também teria se fosse minha.
            Foi aí que Grey chegou.
            - Para a minha sorte ela não é sua. É minha mulher e eu gostaria de saber o que o senhor deseja vindo mais uma vez até minha casa. – Disse nervoso.
            - Nada de mais senhor Grey. Apenas recebi uma carga de doces finou e imaginei que Anastásia gostasse de chocolate. – Ela mordia sensualmente um bombom. – Vejo que acertei.
            - Estão deliciosos. Obrigada!
            - Acho que está na minha hora. Um bom dia ao casal. – Disse Jacob se retirando.

            Christian estava pensando seriamente em conseguir um meio de se livrar do filho da puta que parecia não desistir de lhe tomar Ana. ‘Ela é minha seu idiota. Não vai me tomar o que mais desejei na vida’.
            - Quer um chocolate? – Ana o provocava.
            - Não. – Beijou-a com paixão. – Não me provoque Anastásia! Se eu achar que está interessada em deixar esse cara entrar na sua calcinha posso muito tranquilamente deixar você com esse cinto para o resto da vida. Não me teste.
            - Deixe eu te dizer uma coisa... eu NÃO tenho medo de você, Christian Grey.
            - Vamos ver...vamos ver. – Era um aviso e uma ameaça.

(Nota da autora: Quem nos comentários pediu por cena na cachoeira deve ver esse vídeo. Quem n pediu, mas quer uma dica do próximo cap também. Rsrsrs Vejam do minuto 5:10 até 12:46. Sei que é longo e no meio tem cenas q n são importantes, mas VEJAM tudo pq tem até flashback da noite de núpcias, além de mostrar muito dessa relação de tapas e beijos q eles vivem.)


Nenhum comentário:

Postar um comentário