sexta-feira, 29 de março de 2013

Casamento, Fuga e Vingança - Capítulo 6: Tem volta - parte II


            - Posso saber o que se passa aqui? – A criança loura já tremia.
            - Conheça Mike, Edward, ele é uma graça.
            - Ou, eu imagino. Mas eu gostaria de aproveitar um pouco de minha mulher agora.
            - É claro senhor. – Ele se adiantou. -  Eu sequer sabia que ela estava acompanhada.
            - Foi o que imaginei.

            Peguei Isabella pelo braço e saí pelo corredor em busca de um lugar mais reservado. Era como se tudo fosse vermelho, eu via tudo pegando fogo. Essa mulher achava que ia me provocar e humilhar, mas não, ia ver que comigo não existia nada disso. O único sentimento que eu tinha nesse momento era de posse, ela era minha, para fazer tudo o que eu quisesse. Entrei com ela pela saída de emergência, lugar apertado e totalmente deserto. Prensei minha mulher na parede e rasguei sua calcinha.
            - Ei! Viu o cumprimento desse vestido. Se algum fotógrafo conseguir uma imagem constrangedora, não venha me culpar.
            - Você é uma vagabunda Isabella. Correu para se esfregar no primeiro que encontrou. Não esperou nem que fosse um homem de verdade, era um garoto.
            - E você? Pensa que não vi a loira oxigenada? Depois eu é que sou vadia.
            - Aquela é Tânia.
            - É ela? Nossa, eu esperava um pouco mais. Me pareceu bem aguada. Tadinha, deve estar desesperada para correr assim atrás de você.
            - Cale a boca! – Eu cheguei muito perto de rasgar todo o vestido e fazê-la ir embora nua, mas pensei que assim meu plano iria embora. Tinha de humilhá-la, mas a sós. Quando ainda decidia o que fazer descobri que ela não tinha amor próprio algum.
            - Não vai perguntar o que eu faria com Mike? Deixe eu mostrar.

            Mal acabara de falar Isabella estava ajoelhada a minha frente e abrindo o cinto e a calça que eu usava. Não podia acreditar que ela faria aquilo ali, praticamente em público e por vontade própria. Tudo o que consegui pensar foi em quantos homens já não passaram por aquela boca.

            - Cansou de fingir que não é puta?
            - Por que está entranhando? Me chama de vadia a todo o momento e agora, quando eu faço sua vontade, fica aí, se fazendo de santo. Não quer?

            É claro que eu queria e ela era boa. Os lábios suaves passearam por meu corpo, beijaram e por fim engoliram tudo o que podiam. Eu apesar de sua ‘dedicação’ percebi que ela não era tão experiente quanto parecia, quanto desejava ser. Fiquei estranhamente feliz com isso. Estava duro, louco para me aliviar nela, mas assim, ali, daquela forma, não queria. Ela parecia até estar gostando, mas eu não gozaria na sua boca.
            - Levanta! – Ela obedeceu e eu a tomei assim, encostada na parede.
            - Ui. Não gostou da minha boquinha?
            - O objetivo principal do nosso relacionamento é procriar. E para isso sua boquinha não é útil. E...gostar, eu gostei. – Segui enquanto estocava fundo. – Mas ninguém supera Tânia.
            - Devia ter ido embora com ela então. Ambos estaríamos nos divertindo nesse momento: Você, Tânia, Eu e Mike.
            - Vadia! Não pense que vai ficar barato o que fez.
            - E como vai me castigar? AAAAI.... fala Edward...
            - Geme cadela... – Eu já estava gozando e ela também.
            - Fala...como serei castigada?
            - Não será você, será seu pai.
            - Sai. – Ela me empurrou para longe. – O que vai fazer? Ele não tem nada a ver com isso!
            - Como não? Foi ele que não te deu educação. Ou devia ter dado.
            - O que vai fazer desgraçado?
            - Ora Isabella. – Enquanto falava fechei minha roupa. - Seu pai está confortavelmente abrigado em uma ótima casa, tendo do bom e do melhor. Sabe que seu pai bebe demais não?
            - Ele sempre bebeu socialmente.
            - Ou você é cega, ou é falsa, ou idiota. Encher a cara dia sim, dia não, é alcoolismo.
            - Ele não faz isso.
            - Faz e você sabe. – Ela arrumou o vestido. – Vamos embora. No caminho eu te conto o que farei. Talvez até goste.
            - Eu saí sem cumprimentar ou me despedir de ninguém. Com a cara de poucos amigos de Isabella e nossas roupas amarrotadas era provável que muitos imaginassem o que houve, ou parte dos acontecimentos ao menos.
            - Fale de uma vez. – Ela disse já com nosso carro em movimento.
            - Até o momento eu estava cuidando muito bem do vício de Charlie. Bebidas do melhor tipo estão a disposição dele. Mas digamos que o seu comportamento de hoje me levou a pensar que o alcoolismo é algo muito sério. Talvez devêssemos colocá-lo em um tratamento de choque. O que você acha de eu tirar todas as bebidas de uma vez? O problema é que normalmente as crises de abstinência são fortes. Alguns começam até a beber álcool puro...
            - Ele vai entrar em desespero, você vai matá-lo. – Ela me acusou, realmente acreditando no que eu disse.
            - Talvez, mas a bebida também fará isso. – Eu parei em um semáforo e ela voltou a soltar as garras.
            - Você é um infeliz que só quer destruir minha vida, mas não conseguirá.

            Para minha completa surpresa, quando eu estava arrancando o carro Isabella abriu a porta e saltou com ele em movimento. Caiu de lado no asfalto, mas antes de eu conseguir encostar o carro ela já havia se erguido, tirado os saltos e saído em disparada pela rua. Começava a pensar que essa mulher era maluca. O que ela queria com aquilo? Ela parecia estar mancando, mas ainda assim tentava correr. Seu ritmo, no entanto, era infinitamente mais lento que o meu. Foi fácil alcançá-la.

            - O que pensa que está fazendo? – Eu a sacudia pelos ombros. – Pensa que vai sumir no mundo novamente é? Me fazer passar vergonha mais uma vez? Não vai!
            - Você mereceu! Você teve tudo o que mereceu! Você e seu pai que acha que pode comprar uma mulher.
            - E você aceitou ser vendida. O que acha que ia conseguir pulando do carro? Ser atropelada e morrer? Ia ser fácil deixar seu pai nessa enrascada né?
            - Não adiantaria nada nem que eu implorasse por ele. Você não tem coração. - Por mais que eu dissesse que não acreditava em seu choro, foi difícil ver lágrimas escorrerem em seu rosto.
            - Quem sabe, se você implorar, eu posso ajudá-lo.
            - O que quer? Me humilhar? Ok. – Para minha surpresa ela novamente se ajoelhou, dessa vez implorando pelo pai. – Por favor, ajude ele a parar de beber, mas não assim, não dessa forma. Ele não aguentaria parar sem um tratamento médico, a abstinência vai matá-lo e eu não tenho mais ninguém. Ele precisa de ajuda.
            - E você vai se comportar? – E não suportava mais ver essa cena deplorável.
            - Sim. – Foi quase um suspiro.
            - Levante daí então e vá para o carro antes que alguém nos veja assim. – Ela o fez e eu vi sangue escorrendo de sua perna. Quando ela firmou os pés no chão soltou um grito. – Ai!!!
            - Por Deus. Veja o que conseguiu fazer. – Sem alternativa eu a peguei no colo e levei até o carro.

            Quando chegamos em casa Ana levou um susto ao olhar para eu subindo a escada com minha esposa lanhada, com a perna sangrando e um dos tornozelos começando a inchar. Não era para menos, parecíamos dois flagelados. Nesse momento, para completar, eu sentia meu telefone vibrar e sabia ser Tânia perguntando por quê eu ainda não cheguei em seu apartamento. Ignorei o toque e fui até o quarto com Ana atrás de nós.

            - Ligue para John, por favor, Ana. Peça que venha ver Isabella.
            - Sim Menino, eu já venho.
            Enquanto isso, tirei o vestido dela e a ajudei a vestir uma lingerie de algodão. Depois peguei uma toalha molhada e limpei os machucados. Tentei ser o mais delicado possível e ainda assim ela reclamou do ardor na pele.
            - Não é nada demais.
            - Então por que chamou o médico?
            - Porque eu posso cuidar nos arranhões, mas temos de ver o que houve com seu tornozelo.

            Depois disso ela ficou calada na cama e eu fui tomar banho. Quando Jonh chegou disse que não seria nada demais, apenas uma leve torção, alguns dias de repouso e estaria nova. Apenas receitou um analgésico para o dia seguinte e lhe deu uma dose para a noite. Deixei-a sozinha e fui acompanhar o médico até a porta. Quando voltei, ela já não estava na cama. O colchonete estava arrumado ao lado, como eu havia lhe dito que deveria ser em todas as noites. E eu não podia dizer nada, ela estava sendo totalmente obediente em minhas ordens. Deitei na cama fria, mesmo sem ter nenhum sono.

            - Edward? – Ouvi a voz vinda de minhas costas.
            - O que é? – Não me virei.
            - Vai oferecer tratamento para Charlie? – Sua voz estava grogue pelo medicamento.
            - Vou.
            - Obrigado. – E não dissemos mais nada naquela noite.


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