terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Amor Sem Limites - Capítulo 8: Em compasso de espera

                  
            Para Bella e aqueles que a amam as últimas semanas tem sido dolorosamente lentas. Ver Arthur dormindo no colo de outra mulher foi muito sofrido. Era fácil ver que ele era bem cuidado pela família adotiva. Ele confiava naquela mulher. Ela era a MÃE que ele conhecia. Arthur era amado.

            - Mas ele tem a mim. Arthur tem família! Porque me tomaram ele se tem tanta criança por ai precisando de um lar? – Bella vivia se perguntando.

            Os Swan e os Cullen estavam unidos na investigação. O principal suspeito era Peter, mas até o momento não tinham provas para acreditar que ele tinha roubado a criança. Charlie, advogado experiente, investigava o histórico policial de Peter enquanto Carlisle tentava descobrir o que se passou na noite do nascimento do Bella. Alguma enfermeira deve ter auxiliado na fuga, mas era um enigma até o momento a razão de justamente esse bebê ter sido escolhido.
            Do momento em que o menino nasceu e Bella o viu ainda na sala de parto, até irem procurá-lo no berçário perceberem seu desaparecimento passou-se pouco tempo. Na época todas as enfermeiras foram interrogadas e nenhuma confessou participação, delatou um colega ou afirmou ter visto alguma movimentação estranha. Essa foi a principal razão para a investigação jamais ter alcançado resultados. Era um nó realmente difícil de ser desvendado.
            O estado de nervosismo de Bella só fez piorar no momento em que começou a receber ligações estranhas. Alguém telefonava para a casa, pedia para falar com ela e, quando pegava o aparelho, simplesmente não dizia nada. Ela preferia ignorar, mas algo lhe dizia que algo de muito estranho iria ocorrer.

            - Era tudo o que eu precisava! Alguém fazendo trotes! – Reclamava.

            Edward sempre buscava deixar sua rotina mais agradável. Tinham uma vida relativamente normal, até por que ninguém na cidade podia desconfiar do que se passava com suas famílias. Eles passeavam, jantavam fora, iam ao cinema e passavam os intervalos na escola grudados. Mesmo com as severas regras da instituição de ensino que proibia beijos e amassos, eles estavam sempre tocando carícias escondidas e escapando dos monitores e professores. Não era um namoro escondido, mas ambos achavam divertido trocar um beijos escondidos.

            - Sabe Edward...você faz com que eu me sinta uma adolescente.
            - Mas você é! – Respondeu ele.
            - Mas eu não me sentia assim. Passei tempo demais fugindo do meu padrasto dentro da minha própria casa e, depois de todo aquele inferno, procurando meu bebê. Sobrou pouco da antiga Bella.
            - Isso não é verdade Bella. – Ele começou a lhe fazer cócegas só para ouvir gargalhadas. –Eu vou procurar essa Bella e ela vai reaparecer. Você vai ver.

            Isabella não sabia se acreditava ou não, mas desejava que ele estivesse certíssimo.


            Quando as investigações completaram 20 dias as duas famílias se reuniram. Mas as notícias não eram boas. A documentação da adoção de Arthur estava correta. Tudo foi legal. O menino teria sido abandonado pela mãe num abrigo em uma madrugada três dias depois de Bella ter dado a luz. Não tinham informações da mulher, mas ela alegava não ter como ficar com filho, deixou-o, saiu andando na rua e nunca mais retornou.

            - Bella...isso é um problema porque, mesmo comprovando que Arthur é seu, a justiça entende que ele foi abandonado por você num lar para crianças adotivas e acolhido por Peter e Carmen.
            - Mas podemos provar que eu ainda estava no hospital nessa data!
            - Sim, podemos. Mas não será simples. – Charlie disse. – Além do mais, ainda precisamos descobrir qual a ligação de Peter com essa história.
            - Se é que há  alguma. Ele pode muito bem apenas ter adotado o menino. – Esme torcia para que ele não fosse um criminoso.
            - Sim, é claro, Esme. Mas porque ele foi a um abrigo do outro lado do país e não aqui na região? Algo me diz que Peter sabia muito bem o que ira iria encontrar naquele abrigo. – Charlie estava decidido.
            - Mas por que? – Carlisle não estava convencido.
            - Ainda não descobri. Mas talvez, ele seja a chave para descobrir como Arthur foi raptado hospital e quem é a mulher que o abandonou passando-se por mãe dele.
                       
            Todos trocavam olhares desconfiados. Estavam unidos na causa da descoberta e entendiam que daquele mistério também dependia a felicidade de Bella e Edward. O relacionamento deles, ainda tão jovem, não suportaria um drama sem solução. Bella só conseguiria se dedicar ao namorado, depois que resolvesse o mistério e tivesse o filho nos braços. Ou, ainda, caso Arthur não se confirmasse o bebê certo, ela talvez começasse a cogitar desistir das buscas. Mas uma mãe desiste de um filho? Seria capaz disso?

            Sabendo que a filha precisava de uma vida normal, Charlie sugeriu, mesmo com ciúme, que Edward não fosse embora. Passasse a noite ali, com Bella. Ela estava triste e ele poderia fazê-la melhorar, sentir-se bem, sentir-se amada.

            - Como amigo. Fique aqui como amigo da Bella. – Disse Charlie, mas não era bem isso que Edward tinha em mente.

            Algumas horas depois a casa estava escura, silenciosa e adormecida. Todos dormiam menos Bella e Edward. Eles seguiam abraçados e trocando beijos. Edward queria continuar, ir além, fazer amor com Bella. Quando suas mãos desceram e tentaram entrar por baixo do pijama da namorada, ela travou-o.

            - Não Edward, desculpe, mas eu não estou pronta.

As lembranças que Phil deixou ainda estavam presentes no íntimo de Bella. Ela não teve nenhum namorado, nenhum  toque íntimo...só agora junto de Edward é que percebia como isso podia ser difícil.

- Vamos dormir? Está tarde. – Ela disse se aconchegando ao travesseiro.
- Vamos. – Respondeu Edward aconchegando-se a ela. – Boa noite. Durma bem.

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